Aziz: CPI reconvocará Pazuello e Queiroga; Weintraub será chamado
Ex-assessor de Bolsonaro será convocado após o Metrópoles publicar reportagem indicando que ele coordenou grupo de aconselhamento paralelo
atualizado
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O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta terça-feira (25/5), que os requerimentos de reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-ministro Eduardo Pazuello, serão aprovados nesta quarta-feira (26/5), assim como a convocação do ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub.
“Vamos convocar o segundo escalão do Ministério da Saúde todo. Além do doutor Élcio [Franco], tem outras pessoas também. O Arthur [Weintraub], que apareceu num vídeo no site [Metrópoles]. Será reconvocado o [Marcelo] Queiroga e o [Eduardo] Pazuello”, declarou Aziz.
Pazuello depôs na quarta (19/5) e quinta-feira (20/5) à CPI da Covid, mas apresentou diversas contradições. Ademais, ele participou de um ato no último domingo (23/5), ao lado do presidente Jair Bolsonaro, com motociclistas no Rio de Janeiro, sem máscara e causando aglomeração.
“As mentiras estão aparecendo. Não sou eu que estou dizendo. Se ele [Pazuello] vier sem habeas corpus, não será igual à outra vez. Não seremos desmoralizados”, disse Aziz.
Já Arthur Weintraub será convocado após o Metrópoles publicar reportagem e vídeo indicando que o ex-assessor coordenou um grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.
Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”, depôs, nesta quarta-feira (25/5), durante cerca de 7 horas. Ela foi a nona depoente do colegiado. Antes deles, os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.
O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimentos.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.