Avós de Weintraub foram escravos do regime nazista na Polônia, diz jornal
O ministro da Educação travou uma briga com o pai, o psiquiatra Mauro Weintraub, na Justiça, por causa de patrimônio familiar
atualizado
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Defensor da família, como prega o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, coleciona brigas na Justiça com o pai, o psiquiatra Mauro Weintraub. Além disso, no enterro do avô paterno – que veio para o Brasil com a esposa, depois de trabalhar como escravo para o regime nazista –, o neto não apareceu. A informação é da Veja.
Quando criança, Weintraub e o irmão, Arthur Weintrab, adoravam ouvir as histórias sobre os avós paternos, Joseph e Frida Weintraub, que deixaram a fábrica de munições na Polônia, no fim dos anos 1940.
Ao chegar no Brasil, Joseph instalou-se no bairro da Lapa, em São Paulo, onde ajudou a fundar a Sinagoga Israelita da Lapa. Segundo um religioso que cuida do local, o ministro da Educação “nunca pisou na casa”. Familiares contaram que Weintraub recorre ao judaísmo “quando lhe convém”.
Briga na Justiça
O ministro da Educação se uniu ao irmão Arthur para entrar na Justiça contra o pai, devido a uma discussão sobre patrimônio. A briga tem como ponto central a doação de quatro imóveis do pai a Renata, sua segunda mulher, com quem está casado há 24 anos.
O total é de estimados 3 milhões de reais. A discussão começou em 2011, quando os irmãos deram um ultimato: se o pai não anulasse a doação e transferisse tudo para o nome deles, ficaria sem ver os três netos (filhos de Abraham com a economista Daniela Weintraub).
A alegação dos irmãos era que Mauro, então com 61 anos, não gozava de juízo perfeito para administrar os próprios bens. Listaram inúmeras razões para tanto, como senilidade e incapacidade cognitiva. O pai chegou a fazer exames para atestar a sanidade mental e, com isso, ganhou na Justiça. Mas outro processo ainda corre.