metropoles.com

Auxílio emergencial cai para R$ 300 e terá mais 4 parcelas, diz Bolsonaro

Presidente tinha criticado proposta da equipe econômica de baixar o benefício para R$ 200, mas antecipado que o valor seria diminuído

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Isac Nóbrega/PR
Bolsonaro e Paulo Guedes
1 de 1 Bolsonaro e Paulo Guedes - Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegaram a um acordo sobre o novo valor do auxílio emergencial. Os dois anteriormente haviam concordado que não era viável manter o benefício em R$ 600, e terminaram por fixar o valor em R$ 300, a ser pago até dezembro deste ano. A novidade foi anunciada por Bolsonaro nesta terça-feira (1º/9) em pronunciamento na frente do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro e Guedes chegaram a demonstrar, em público, que havia desentendimento entre os dois quanto ao valor. “O Paulo Guedes ou alguém falou da Economia em R$ 200. Eu acho que é pouco. Mas dá para chegar num meio termo, e nós buscamos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano, de modo que nós consigamos sair dessa situação fazendo com que os empregos formais e informais voltem à normalidade”, disse o presidente durante cerimônia no dia 19 de agosto, ao lado do ministro.

Quase metade dos brasileiros se cadastrou no sistema da Caixa Econômica Federal para receber o auxílio emergencial de R$ 600. Ao todo, mais de 100 milhões de CPFs foram incluídos no sistema. Nem todos, entretanto, estavam elegíveis para receber o dinheiro. Do total de cadastrados, cerca de 67 milhões atendiam aos critérios. O custo mensal para a manutenção do benefício é de R$ 50 bilhões.

“R$ 600 pesa muito para a União. Não é dinheiro do povo, porque não está guardado. É endividamento. E, se o país [se] endivida demais, você acaba perdendo sua credibilidade para o futuro. Então, R$ 600 é muito”, disse Bolsonaro em meados de agosto, após afirmar que considerava R$ 200 pouco.

Bolsonaro vem recebendo uma romaria de beneficiários agradecidos pelo auxílio emergencial no Palácio da Alvorada, mas tem deixado claro que o pagamento tem data para acabar. “São R$ 50 bilhões por mês. Enquanto for possível, nós manteremos, mas vocês comecem a ter consciência de que ele não pode ser eterno”, respondeu a um apoiador.

13 imagens
Bolsonaro participa de ato a favor do governo
Bolsonaro provoca aglomeração em eventos públicos que tem realizado pelo país
Presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto
Presidente cumprimenta apoiadores
1 de 13

O presidente Jair Bolsonaro e a equipe do governo

Igo Estrela/Metrópoles
2 de 13

Bolsonaro participa de ato a favor do governo

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 13

Bolsonaro provoca aglomeração em eventos públicos que tem realizado pelo país

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 13

Presidente Jair Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 13

Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto

Igo Estrela/Metrópoles
6 de 13

Presidente cumprimenta apoiadores

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 13

Bolsonaro em cerimônia no Planalto

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 13

Presidente deixa o Palácio da Alvorada

9 de 13

Bolsonaro com máscara de proteção contra o novo coronavírus

Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 13

Bolsonaro com máscara de proteção contra o novo coronavírus

Rafaela Felicciano/Metrópoles
11 de 13

Bolsonaro durante coletiva no Palácio do Planalto

Rafaela Felicciano/Metrópoles
12 de 13

Bolsonaro já encorajou a população a entrar nos hospitais e filmar os leitos de UTI

Rafaela Felicciano/Metrópoles
13 de 13

Bolsonaro tira foto com apoiadores

Rafaela Felicciano/Metrópoles

“A gente pretende, até o fim do ano, uma importância menor que R$ 600. Tem cara já reclamando. O tempo todo assim. Isso não é uma aposentadoria, isso é uma ajuda emergencial. Eu sei que é pouco para quem recebe, mas ajuda, pô, melhor do que nada”, disse a outro simpatizante que o agradecia pelo benefício.

Fraude bilionária

Apesar de ter sido essencial para manter o poder de compra das famílias durante a pandemia, o auxílio emergencial foi alvo de milhões de fraudes. O Ministério da Cidadania enviou CPFs suspeitos à Caixa para proceder com o bloqueio. Uma força-tarefa conjunta da qual participam a Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) tem o objetivo de controlar o pagamento do auxílio emergencial.

O TCU calcula um prejuízo com desvios e fraudes na casa dos R$ 42 bilhões. Do total, R$ 23,7 bilhões teriam ido para 6,4 milhões de pessoas que receberam indevidamente. O valor restante seria de mães cadastradas como chefes de lares de forma irregular, o que garante o benefício dobrado, de R$ 1,2 mil.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?