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Auxílio Brasil: Guedes não aceita furar teto e tensão no governo se agrava

Sem definição sobre fonte dos recursos, governo federal pretende pagar R$ 400 a 17 milhões de famílias de baixa renda e estuda furar teto

atualizado

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Orlando Brito
Paulo Guedes
1 de 1 Paulo Guedes - Foto: Orlando Brito

A tensão na Esplanada dos Ministérios fica cada vez maior diante da possibilidade do pagamento do Auxílio Brasil furar o teto de gastos. Depois de uma reunião de líderes com participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do ministro João Roma (Cidadania), do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Paulo Guedes (Economia) chegou muito irritado no prédio da Economia ao fim da tarde desta terça-feira (19/10).

De acordo com interlocutores do governo ouvidos pelo Metrópoles, o ministro “não aceita de jeito nenhum” que a medida envolva liberação de recursos furando o teto de gastos, como está previsto que ocorra caso seja aprovado o acréscimo desejado pelo presidente.

Sem definição sobre a fonte dos recursos, o governo federal pretende pagar R$ 400 para 17 milhões de famílias de baixa renda atendidas pelo novo Bolsa Família. A ideia original era que o valor fosse de R$ 300. Com o acréscimo de R$ 100 determinado por Bolsonaro, o programa social deve custar aos cofres públicos R$ 84,7 bilhões em 2022.

Enquanto Lira manifesta apoio a Guedes, do outro lado estão Roma e Ciro Nogueira engrossando o coro para Bolsonaro conseguir emplacar sua proposta. Segundo uma fonte da Economia, a reunião foi marcada por muita “confusão” e “desentendimentos” entre os líderes.

Com a intenção de deixar um marco na área social às vésperas do ano eleitoral, o chefe do Executivo Federal se esforça para aprovar o benefício o mais rapidamente possível e turbinar o Bolsa Família, que se tornou marca registrada das gestões do PT.

O plano, contudo, pode custar caro ao governo, que corre o risco de perder a alta cúpula da equipe econômica. Nos bastidores, já ocorrem ameaças de demissão por integrantes da pasta. Um dos principais nomes a sinalizar que pode deixar o cargo é o atual secretário especial do Tesouro, Bruno Funchal.

O economista havia avisado ao chefe, o ministro da Economia, que não assinará nenhuma medida que envolva liberação de recursos fora do teto de gastos. Na Câmara dos Deputados, também surgem rumores de que o próprio Guedes pode entregar o cargo caso a situação não seja solucionada.

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