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Autoteste: Anvisa diz não ter recebido documentos; ministério rebate

Segundo comunicado da agência reguladora, “todos os sistemas foram checados” e não registram a chegada do ofício. Saúde diz que reenviará

atualizado

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Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde, concede coletiva, neste sexta-feira (10:12), sobre o ataque hacker ao sistema do Conecte SUS 6
1 de 1 Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde, concede coletiva, neste sexta-feira (10:12), sobre o ataque hacker ao sistema do Conecte SUS 6 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não recebeu oficialmente a nota técnica sobre os autotestes para detecção da Covid-19, doença causada pelo coroavírus, que teria sido enviado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (13/1).

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Cruz, rebateu a informação e assegurou que a pasta vai enviar novamente a nota técnica, que teria sido encaminhada por e-mail pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Segundo comunicado da agência reguladora, “todos os sistemas da Anvisa foram checados e não registram a chegada do documento”. As informações foram divulgadas no início da tarde desta sexta-feira (14/1).

“A possibilidade de envio por e-mail também está sendo verificada e até o momento não foi encontrada mensagem do Ministério da Saúde com o referido anexo”, explica a Anvisa, em nota.

“A agência está pronta para analisar a proposta do Ministério da Saúde , mas para isso precisa tomar ciência do conteúdo de forma oficial, pelos meios corretos de troca de informações.”

O Ministério da Saúde afirmou na noite de quinta-feira, em comunicado, que enviou à Anvisa o pedido e a documentação necessária para a liberação da venda dos autotestes.

Nesta sexta-feira, Rodrigo Otávio Cruz, ao conversar com jornalista na sede da pasta, rebateu.

“Falei hoje cedo com uma diretora da Anvisa. A gente mandou um e-mail ontem, às dezenove horas e quarenta e poucos minutos, vamos reencaminhar o e-mail pra eles, pra que possam receber. De toda forma, já encaminhamos o conteúdo da nota, eles têm. É só questão de ajustar essa formalidade, mas o e-mail foi enviado. Se de fato não chegou, nos próximos minutos chegará lá”, explicou.

Em meio ao imbróglio burocrático, técnicos da Anvisa aceleraram a análise de regulamentação, antes mesmo da chegada dos documentos. O parecer da agência  será favorável à venda de autotestes para Covid.

Negociações

A Anvisa e o Ministério da Saúde negociam a criação de uma política pública para autotestagem de Covid-19. Técnicos da pasta entendem que os exames podem ser importantes para o controle da variante Ômicron.

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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população
Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF
<strong>RT PCR</strong>: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias
O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)
<strong>Teste salivar por RT-PCR</strong>: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas
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Uma das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19 é a vigilância epidemiológica, com o registro e a observação sistemática de casos suspeitos ou confirmados da doença, a partir da realização de testes

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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população

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Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF

Breno Esaki/Agência Saúde-DF
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RT PCR: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias

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O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)

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Teste salivar por RT-PCR: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas

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PCR Lamp ou Teste de antígeno: comumente encontrado em farmácias, o exame avalia a presença do vírus ativo coletando a secreção do nariz por meio de swab. O resultado leva apenas 30 minutos para ficar pronto, por isso, ele é indicado para situações em que o diagnóstico precisa ser rápido

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De acordo com a empresa que fornece o exame, ele possui 80% de confiança. O método empregado no teste é usado também para outras doenças infecciosas, como a H1N1

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Teste de sorologia: revela se o paciente teve contato com o coronavírus no passado. Ele detecta a presença de anticorpos IgM, IGg ou IgA separadamente, criados pelo organismo das pessoas infectadas para combater o Sars-CoV-2, a partir de um exame de coleta de sangue

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O exame deve ser realizado a partir do 10º dia de sintomas. A precisão do resultado é menor do que nos testes do tipo RT-PCR. Além disso, falsos negativos podem aparecer com mais frequência

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Teste rápido: o método é semelhante aos testes de controle de diabetes, com um furo no dedo. A amostra de sangue é colocada em um reagente que apresenta o resultado rapidamente

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O teste imunológico rápido detecta a presença de anticorpos e o resultado positivo sinaliza que o paciente já sofreu a infecção pelo novo coronavírus. A confiabilidade do resultado varia muito, já que o método apresenta alta taxa de falso negativo

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Teste de anticorpos totais: detecta a produção do IgM e IgG no organismo, a partir de um único exame de coleta de sangue, e não faz a distinção dos valores presentes de cada anticorpo. A precisão do resultado chega a 95%

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Teste de anticorpo neutralizante: o procedimento é indicado para a avaliação imunológica. O exame detecta os anticorpos e vê a proporção que bloqueia a ligação do vírus com o receptor da células

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Nas conversas, a tendência mais forte é que seja elaborada uma normativa temporária para o uso do exame. Um dos pontos que exigem mais atenção é o fato de a Covid-19 ser uma doença de notificação compulsória, ou seja, obrigatória.

No Brasil o autoteste ainda não é permitido, apenas as farmácias realizam os exames, que são feitos com a coleta de material no nariz usando cotonete ou por saliva.

Na Europa, por exemplo, há seis modelos diferentes de autotestes rápidos de antígeno certificados pelo Centro Comum de Investigação da União Europeia, serviço científico da Comissão Europeia.

Os exames são vendidos livremente em farmácias, sem exigência de prescrição médica, e têm resultado detectado entre 10 e 30 minutos.

O autoteste, porém, tem sensibilidade menor do que outros exames (como o PCR) e está sujeito a erro do paciente não treinado.

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