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Autoridade climática não será criada agora, diz Marina Silva

De acordo com Marina Silva, que também anunciou novo nome de ministério, Lula decidiu que não haverá acréscimo de cargos neste momento

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O presidente eleito Lula anuncia no CCBB os últimos dezesseis ministros para compor seu governo. No detalhe, ele posa com a nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva - Metrópoles
1 de 1 O presidente eleito Lula anuncia no CCBB os últimos dezesseis ministros para compor seu governo. No detalhe, ele posa com a nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

A futura ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP), disse nesta quinta-feira (29/12) que a autoridade climática não será criada de imediato, porque o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que não haverá acréscimo de cargos neste momento. No entanto, a previsão é que o cargo seja criado a partir de março.

“Uma das questões fundamentais que já estará estabelecida nos primeiros dias é a retomada imediata do PPCDAm, do Fundo Amazônia, do Fundo Nacional de Meio Ambiente e o desenho de uma nova governança ambiental, que foi robustecida, agora com a Secretaria de Bioeconomia e Biodiversidade e Recursos Genéticos, com a Secretaria Extraordinária de Combate ao Desmatamento e Ordenamento Territorial e Fundiário e, futuramente, a autoridade para risco climático, dentro do Ministério do Meio Ambiente”, disse Marina à imprensa, após ser confirmada para o Ministério do Meio Ambiente.

Segundo ela, a autoridade climática vai ficar para ser anunciada depois porque o compromisso do Lula é de que agora não haverá acréscimo de cargos, “mas a decisão política da criação está estabelecida”. Ainda de acordo com Marina, a partir de março serão avaliadas também as propostas de outros ministérios com órgãos semelhantes.

A futura ministra também falou sobre os desafios que vai enfrentar à frente da pasta e elogiou a equipe de transição. “Os desafios são imensos, dado o abismo que foi criado na política ambiental brasileira com o governo Bolsonaro. O mais importante é que tivemos uma equipe de transição que apresentou um bom diagnóstico e um conjunto de propostas para o enfrentamento dessa situação”.

O petista chegou a cogitar que Marina assumisse a autoridade climática do governo, mas ela negou. Ela defende que o posto seja um cargo técnico vinculado à pasta do Meio Ambiente.

Mudança de nome

Marina afirmou que o nome da pasta muda para Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática. “Porque esse é o tema do debate que está acontecendo no mundo. E claro que não é uma questão só de nome, o desenho das políticas públicas fará jus ao nome”. Ainda de acordo com ela, a decisão de Lula é que a política ambiental será transversal e irá se refletir em todos os setores do governo.

Reconstrução

Além da retomada do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e do Fundo Amazônia, Marina disse que sua gestão vai recuperar uma série de políticas públicas destruídas nos últimos anos e introduzir inovações para o combate aos crimes ambientais.

“Não é só o trilho do que não pode, será fortalecido o trilho do como pode, porque é disso que nós precisamos para o enfrentamento do que está acontecendo.”, afirmou ela.

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