metropoles.com

Augusto Nardes diz que continua “firme” à frente da análise das contas do governo no TCU

Ministro é relator do processo sobre as “pedaladas” fiscais de Dilma Rousseff

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
GABRIEL SOARES/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
7ª edição do Exame Fórum em SP
1 de 1 7ª edição do Exame Fórum em SP - Foto: GABRIEL SOARES/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, relator do processo de análise das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (5/10), ao jornal O Estado de S. Paulo que continua “firme” à frente do caso. No domingo, 4, três ministros do governo concederam entrevista para anunciar que a gestão Dilma Rousseff entrará com um pedido formal junto ao TCU para substituir Nardes, alegando que ele antecipou voto, o que é vedado pela Lei da Magistratura, a qual está submetido.

Na sexta-feira (2/10), Nardes liberou seu parecer prévio aos demais ministros da Corte e recomendou a rejeição das contas federais.

“Países com instituições fracas são nações com problemas. Este não pode ser o caso do Brasil”, disse Nardes ao ser questionado sobre o posicionamento dos demais ministros diante do pedido do governo.

O pedido do governo pode ser analisado pelos ministros antes do julgamento ou ocorrer no início da sessão de análise, marcada para quarta-feira à tarde. A manifestação oficial do governo, pedindo a troca de Nardes, deve ser entregue ainda hoje ao TCU pela Advocacia Geral da União (AGU).

Além de Nardes, o Ministério Público de Contas (MPC) recomendou, na última sexta-feira, a rejeição das contas federais. A principal distorção apontada por Nardes e também pelo MPC nas contas é a “pedalada fiscal”.

As “pedaladas fiscais” foram reveladas pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) e pelo jornal O Estado de S. Paulo em julho do ano passado. Consistem nos atrasos propositais do Tesouro Nacional no repasse de recursos aos bancos públicos, que foram forçados a usar recursos próprios para continuar pagando em dia programas sociais obrigatórios.

O TCU entende que, ao fazer isso, os bancos públicos financiaram seu controlador, o governo federal, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nardes também afirmou que a Corte já analisou outros pedidos de suspeição de ministros. “Isso (esses pedidos de suspeição) já aconteceu antes no tribunal”, disse Nardes, que citou explicitamente o caso que envolveu o pedido de suspeição do então ministro José Jorge, que foi o relator do processo de análise das perdas geradas pela compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras.

No julgamento, realizado no ano passado, o advogado do ex-diretor Nestor Cerveró pediu a suspeição de José Jorge. O pedido foi analisado durante o próprio julgamento. José Jorge continuou como relator e o julgamento decorreu normalmente.

Ontem, três ministros anunciaram que o governo entrará com um pedido formal junto ao TCU para que Nardes seja substituído no processo que analisa as contas de 2014. O pedido será baseado na alegação de que Nardes antecipou voto, o que é vedado pela Lei da Magistratura, a qual está submetido.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?