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Atual ministro da Cultura é contra fusão da pasta com Educação

Sá Leitão propõe ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, outro arranjo, reunindo Cultura, Esporte e Turismo

atualizado

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sergio sa leitao Edilson Rodrigues Agência Senado
1 de 1 sergio sa leitao Edilson Rodrigues Agência Senado - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, divergiu da extinção da pasta e sua incorporação ao Ministério da Educação, propostas pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). O titular da Cultura defendeu outro destino para o órgão que dirige, em uma nova estrutura espelhada em exemplos de países desenvolvidos. A posição foi manifestada nesta quarta-feira (31/10), em nota divulgada pelo dirigente do MinC.

No texto, o ministro cita algumas experiências internacionais: no Reino Unido, a pasta congrega cultura, esporte e mídia; na Coreia do Sul, cultura, esporte e turismo; em Israel, cultura e esportes; na Alemanha, cultura e mídia; na Austrália, comunicações e artes; e na Dinamarca, cultura, esporte, mídia e direitos autorais.

“A junção de Educação, Cultura e Esporte, por sua vez, tem um paradigma que não me parece adequado: Guiné-Bissau”, pontuou Sá Leitão. O gestor é o terceiro ministro da equipe de Michel Temer a questionar ou fazer ponderações sobre os anúncios e propostas em debate pela gestão Bolsonaro. Tanto o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, quanto o da Agricultura, Blairo Maggi, apresentaram reticências à fusão das duas pastas na próxima gestão do Executivo federal.

Sá Leitão argumentou que os modelos institucionais “mais avançados” no mundo são aqueles que combinam a gestão da política cultural contemporânea, o desenvolvimento da economia criativa, a afirmação simbólica do país, a proteção de direitos autorais e o fomento às artes.

Em termos de estrutura, esses modelos mais desenvolvidos em geral integram a área da cultura com esporte e turismo, podendo também agregar a de mídia. “Assim, se houver de fato a redução do número de ministérios, minha sugestão é a criação do Ministério de Cultura, Esporte e Turismo”, defendeu o ministro, que mencionou como exemplo desta combinação o caso da Coreia do Sul.

De acordo com Sá Leitão, este arranjo reuniria áreas de investimento “com alto potencial de retorno”, conjugaria pastas com o mesmo tamanho (evitando a noção de “extinção” de alguma delas), trabalharia com três segmentos que lidam com a “afirmação simbólica” do país e que estão relacionadas à “economia criativa”.

Setores da sociedade também criticam o novo arranjo ministerial em elaboração pela equipe do presidente eleito. Prefeitos divulgaram nesta quarta-feira nota manifestando posição contrária à extinção do Ministério das Cidades. As críticas foram inauguradas nesta terça (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que se posicionou contra a extinção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

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