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Atraso em voos com vacinas ocorreu por questões de logística, diz Pazuello

Segundo ministro da Saúde, ideia inicial era entregar doses aos estados ao longo do dia, mas governadores pediram pressa na distribuição

atualizado

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Pazuello anuncia aquisição de 100 milhões de doses da vacina
1 de 1 Pazuello anuncia aquisição de 100 milhões de doses da vacina - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira (18/1) que os atrasos registrados na entrega das vacinas contra a Covid-19 aos estados do país ocorreu em razão de uma “mudança na logística”.

A pasta alterou os horários dos voos de entregas dos imunizantes contra a doença, o que ocasionará no atraso, em várias unidades da Federação, da vacinação da população brasileira.

Segundo Pazuello, a ideia inicial do governo era fazer a entrega das doses ao longo do dia. Dessa forma, a campanha de vacinação teria início no país apenas na quarta-feira (20/1). No entanto, governadores pressionaram o ministro para adiantar “ao máximo” a distribuição.

“Nós tínhamos uma previsão de fazer toda a logística hoje e os estados fazerem a logística amanhã [terça] para os municípios. E, a partir daí, a gente iniciar a campanha na quarta-feira. Os governadores, em comum acordo, me solicitaram que eu acelerasse ao máximo a distribuição para que eles pudessem começar imediatamente ainda hoje. Então, aquilo que era planejado, até hoje às 8h, para acontecer durante o dia, está sendo encurtado para poder atender os pedidos dos governadores”, justificou.

“Isso, você imagina a mudança da logística para 26 estados num país continental como o Brasil. Então aeronaves, planos de voo, novas aeronaves contratadas e, em alguns casos, uma aeronave pequena, que não pode levar numa perna só, tem que fazer dois voos. Aeronave grande, que faria um voo só, só iria chegar de noite”, prosseguiu o ministro.

Governadores reclamam

Algumas autoridades aguardavam nos aeroportos pelos imunizantes, quando foram surpreendidos pelas mudanças, que teriam sido feitas entre a madrugada e o início da tarde desta segunda. Ao menos seis locais que receberiam antes das 16h agora receberão apenas na parte da noite.

“Todo mundo foi esperar no aeroporto, e nada. A previsão era meio-dia, depois mudou para 16h. Agora já deve ser 18h. Até que descarregue, não tem como iniciar hoje. Impossível. Só devo começar amanhã”, disse o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), ao jornal Folha de S.Paulo.

“Não explicaram nada. Simplesmente avisaram em cima da hora. Problema de logística. Eu não fui a Guarulhos [para o evento com Pazuello]. Mas se tivesse ido, teria voltado e a vacina ainda não teria chegado”, completou.

Nas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), definiu a situação como “lamentável” e “inaceitável”.

Estados que já receberam doses

Segundo boletim divulgado às 19h16 pelo Ministério da Saúde, os estados que já receberam as doses da vacina contra a Covid-19 são:

  • Tocantins;
  • Piauí;
  • Ceará;
  • Espírito Santo;
  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo;
  • Santa Catarina;
  • Mato Grosso do Sul; e
  • Goiás.

A distribuição também foi realizada no Distrito Federal. Nos demais estados, a previsão é que a entrega seja feita ainda na noite desta segunda.

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Os imunizantes ficam armazenados em câmaras frigoríficas a -18°C
Vacinas foram enviadas, de Guarulhos (SP) aos estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
Após São Paulo dar a largada em 17/1, os governadores pressionaram o ministro da Saúde para começar a imunização
No primeiro momento, 6 milhões de doses da Coronavac foram distribuídas
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Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanhou distribuição dos imunizantes

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Os imunizantes ficam armazenados em câmaras frigoríficas a -18°C

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Vacinas foram enviadas, de Guarulhos (SP) aos estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)

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Após São Paulo dar a largada em 17/1, os governadores pressionaram o ministro da Saúde para começar a imunização

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No primeiro momento, 6 milhões de doses da Coronavac foram distribuídas

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Como são necessárias duas doses do imunizante para cada pessoa, 3 milhões de brasileiros serão vacinados na primeira etapa da campanha

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Entre as aplicações da primeira e da segunda dose do imunizante, está previsto um intervalo de 14 a 28 dias

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A Anvisa aprovou em 17/1 o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca

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Os imunizantes são os dois primeiros aprovados no país contra o novo coronavírus

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