Até julho, vacinaremos metade dos brasileiros, afirma Onyx Lorenzoni
Previsão do ministro é de que o Brasil se torne, até a metade do ano, o quarto país do mundo em número de vacinas aplicadas
atualizado
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Em entrevista nesta quinta-feira (15/4), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, indicou que o Brasil deve vacinar cerca de metade dos brasileiros contra a Covid-19 até julho de 2021.
“Na nossa projeção, nós devemos até julho chegar bem próximo da metade da população brasileira [vacinada]. No início do segundo semestre, a expectativa e a esperança que a gente tem é ter chegado a 50% mais um, que é a tal imunidade de rebanho e que vai dar ao Brasil uma condição invejável”, afirmou à CNN Brasil.
De acordo com o ministro, o Brasil será o quarto país do mundo em número de vacinas aplicadas, ficando atrás apenas da China, da Índia e dos Estados Unidos, que têm população maior. “No ritmo que nós vamos, nós devemos chegar bem perto, no fim do mês de julho, de metade da população brasileira, o que seria um número excepcional”, afirmou.
“Ainda tem em um gap entre a nossa distribuição e a vacinação”, continuou ele, citando descompasso entre a entrega de imunizantes e a efetiva aplicação das doses.
Ao comentar a aquisição de vacinas pelo Brasil, Onyx reforçou que o contrato da farmacêutica Pfizer, fornecedora de vacinas contra a Covid-19, é “leonino”. A classificação já havia sido feita pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Tratamento precoce
Onyx também defendeu os medicamentos sem eficácia comprovada propagados por integrantes do governo federal, o chamado tratamento precoce, que não é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ele reclamou da politização em torno do assunto e defendeu a autonomia médica para receitar tratamento.
“O médico livremente decide com o paciente. Uma parte da imprensa brasileira faz canalhice com a vida dos outros, combate o que não conhece”, disse.
Eleições 2022
Onyx disse ser claro que o PT vai ser o principal adversário de Bolsonaro no pleito de 2022, quando o mandatário deve disputar a reeleição. Segundo ele, só resta saber se o candidato será Lula ou Fernando Haddad.
“Qualquer um dos dois vai perder a eleição. E se for o Lula, vai sofrer a maior derrota da vida dele”, considerou.