Ataque de Eduardo Bolsonaro à China “é apenas uma declaração”, diz Mourão
O vice-presidente minimizou a fala do filho de Jair Bolsonaro. No tuíte apagado, o deputado acusava o país asiático de espionagem
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) minimizou a acusação feita pelo deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PSL), contra a China. Segundo Mourão, os ataques de Eduardo “são apenas declarações”.
Eduardo afirmou, em um post nas redes sociais, que espionagens cibernéticas “ocorriam em entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China”. No entanto, pouco tempo depois, o parlamentar apagou a mensagem.
O deputado comentava sobre o programa de tecnologia do governo federal Clean Network, que, segundo ele, “pretende proteger seus participantes de invasões e violações às informações particulares de cidadãos e empresas”.
Em nota, os representantes chineses rechaçaram firmemente a fala de Eduardo. “Não são condignas com o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Isso é totalmente inaceitável e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento”.
Mourão colocou panos quentes sobre a posição do parlamentar, para ele é apenas uma “declaração”. “Nada mais do que isso. Nós estamos trabalhando aqui, de forma objetiva, e mantendo contato com nossa contraparte da China. A gente segue nosso trabalho aqui do governo”, disse.
Questionado sobre a relevância da posição de Eduardo, dado que ele é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, o vice-presidente disse afirmou que “a comissão não é governo, é uma comissão parlamentar, tem outras atribuições diferentes do que o governo faz”.
Conselho Empresarial Brasil-China
Nesta quinta-feira (26/11), Mourão participou da abertura do CEBC Lançamento | Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China, que trata justamente sobre as intenções do Brasil no relacionamento com a China.
Mourão disse que o Brasil pretende estreitar e fortalecer a parceria econômica com a China, principalmente em tempos de pandemia. “A China é o nosso maior parceiro comercial há uma década. A crise mundial gerada pela pandemia de Covid 19 não alterou esse quadro, ao contrário, as autoridades chinesas estimam que a importação de produtos brasileiros baterá recorde neste ano”, completou.