Assunto “Flávio Bolsonaro” está nas mão do MP e da PF, diz Paulo Marinho
Hoje pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marinho foi o autor das denúncias que motivaram a investigação de vazamentos
atualizado
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O empresário Paulo Marinho evitou, nesta segunda-feira (20/7), entrar no embate com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que, após prestar depoimento no inquérito que apura supostos vazamentos da Polícia Federal (PF) na Operação Furna da Onça, disse que Marinho estaria “mais interessado” na vaga dele no Senado do que “em tomar conta da própria vida”. Marinho é suplente do senador e foi um dos principais nomes da campanha do presidente Jair Bolsonaro, em 2018.
Hoje pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marinho foi o autor das denúncias que motivaram a investigação sobre os vazamentos. “O que eu tinha de fazer em relação a esse assunto, eu já fiz. Não vou dar uma vírgula além do que eu já fiz. Agora esse assunto está nas mãos do Ministério Público e da Polícia Federal”, disse o empresário ao Metrópoles.
Rachadinha
O empresário aponta que o senador foi avisado com antecedência por um delegado que seu então assessor Fabrício Queiroz seria alvo da investigação sobre o suposto esquema de desvios de recursos públicos, conhecido como “rachadinha”, que vigorou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele disse que Flávio havia contado a ele que a operação, que seria realizada entre o primeiro e o segundo turnos, foi adiada para não prejudicar a campanha de Bolsonaro em 2018.
Queiroz, que chegou a ser preso há cerca de um mês, era funcionário de Flávio e suspeito de se apropriar de parte do salário de seus funcionários na época e de fazer repasses à família do presidente e do senador.
As informações passadas por Marinho ainda indicam que Flávio também teria sido avisado pelo delegado que deveria afastar Queiroz preventivamente. O ex-policial e a filha, que também era funcionária do gabinete na Alerj, foram exonerados em 15 de outubro de 2018.
Nesta segunda, o senador negou todas as acusações no depoimento prestado ao MPF, que ocorreu no gabinete dele, no Senado, e durou cerca de 40 minutos