metropoles.com

Associação que defende direitos da mulher denuncia Cunha à OEA

Ele é autor do projeto de lei que dificulta acesso ao aborto legal para vítimas de estupro. Proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em outubro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
José Cruz/Agência Brasil
JC-Cunha-DeixaCongresso-20151111-01
1 de 1 JC-Cunha-DeixaCongresso-20151111-01 - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma associação brasileira que defende os direitos das mulheres denunciou, nesta quinta-feira (12/11), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à Organização dos Estados Americanos (OEA) pela autoria do projeto de lei que dificulta o acesso ao aborto legal para vítimas de estupro. O projeto de lei foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no dia 21 de outubro.

Na denúncia que também alveja os outros 11 deputados que assinaram o projeto, o governo brasileiro e os integrantes da CCJ, a entidade chamada Artemis acusa os responsáveis pela aprovação do PL de cometerem “grave violação aos direitos humanos das mulheres” e de tentarem tirar delas prerrogativas fundamentais. A OEA é um órgão internacional de defesa dos direitos humanos.

“Mais grave é a tramitação do projeto ignora por completo o disposto na Convenção de Belém do Pará, em vários artigos, perpetuando a violência contra a mulher e ignorando o sistema de tratados vigentes na Organização dos Estados Americanos, inclusive a existência desse organismo”, diz a denúncia movida pela Artemis e enviada a Washington, onde fica a sede da OEA. A Convenção de Belém do Pará, em 1994, marcou o nascimento do Tratado Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos das Mulheres.

Risco de retrocesso
A Artemis sustenta também na denúncia que as mulheres brasileiras correm sério risco de retrocesso na perda de seus direitos. “Isso tudo porque a tramitação regular do PL coloca em risco de dano irreparável ou mesmo subtração da garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, bem como a proteção da mulher em caso de violência sexual e estupro”, escreve a cúpula da associação, que pede “socorro à todas mulheres” amparadas pela legislação da OEA.

A associação pede ainda medidas para coibir o que chama no texto de “afronta” representada pelo projeto de lei criado por Cunha. O parlamentar deve ser alvo nos protestos marcados para essa quinta, às 17h, em São Paulo. A manifestação foi organizada por várias entidades que defendem os direitos das mulheres e vão protestar também contra o projeto de lei que dificulta o acesso de mulheres ao aborto.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?