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Assessores de Bolsonaro comemoram derrota de Maia na Câmara

Dois aliados do presidente foram ao Twitter para atacar o agora ex-presidente da Casa, que viu seu candidato perder eleição para presidência

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro durante evento
1 de 1 Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro durante evento - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Assessores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram ao Twitter na noite de segunda-feira (1º/2) para comemorar a derrota do agora ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), que viu seu candidato perder ainda em primeiro turno.

Ao longo do último ano, Maia antagonizou com Bolsonaro em diversos momentos, especialmente após o início da pandemia de Covid-19, e brecou o avanço de pautas da agenda de costumes, por considerar que elas dividem o país.

O assessor para assuntos internacionais, Filipe G. Martins, publicou uma longa sequência de tuítes na qual afirma que Maia agiu como “sabotador” e trabalhou contra as reformas. Ele afirma que o deputado carioca atuou contra propostas econômicas do então presidente Michel Temer (MDB), em uma “sabotagem constante dos esforços de reconstrução do Brasil pós-impeachment”.

Durante a gestão Temer, Maia foi um dos apoiadores da agenda econômica, tendo tido papel preponderante na aprovação da emenda constitucional do teto de gastos e na reforma trabalhista. No início do governo Bolsonaro, ele foi um dos principais fiadores da reforma da Previdência, aprovada por ampla maioria na Câmara em 2019.

Apesar disso, Martins considerou que, ao longo dos últimos quatro anos em que esteve na presidência da Câmara, Maia trabalhou contra dois presidentes da República (Temer e Bolsonaro) e contra a agenda eleita nas urnas em 2018. Na visão dele, o demista bloqueou pautas de interesse do país em nome de um projeto pessoal de poder.

Já o assessor especial Tercio Arnaud Tomaz, tido como um dos integrantes do gabinete do ódio, estrutura digital comandada pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), escreveu que Maia perdeu os privilégios do cargo e “logo perderá o foro privilegiado”.

Em referência a acusações contra Maia, Tercio escreveu que, assim que Maia deixar de ter a prerrogativa de foro, “vamos ver quem é o bandido de verdade”.

Desde 2019, Maia foi vítima de ataques por parte da militância bolsonarista, que o apelidou de “Nhônho”, em referência a personagem do programa Chaves. Maia já chegou a afirmar que os assessores presidenciais responsáveis pela ofensiva digital são “marginais”.

Eleição na Câmara

Depois de um dia tenso, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados na noite desta segunda-feira (1°/2), em 1º turno, com 302 votos dos 505 deputados presentes. O segundo colocado foi o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que obteve 145 votos.

Apoiado pelo Palácio do Planalto, Lira vai ocupar a presidência da  no biênio 2021-2022.

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