Assessora do deputado Sibá Machado (PT-AC) é presa durante manifestação e denuncia ação abusiva da polícia. Veja vídeo
Na última sexta-feira (4/3), militantes protestaram em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da TV Globo. Na ocasião, Socorro Dachi foi presa e encaminhada à 5ª Delegacia de Polícia
atualizado
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Durante o protesto que ocorreu na sede da TV Globo, na 701 Norte, na última sexta-feira (4/3), uma militante que manifestava apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi presa e encaminhada à 5ª Delegacia de Polícia, na área central de Brasília. A mulher em questão é Socorro Dachi, assessora do deputado federal Sibá Machado (PT-AC).
Socorro relata ainda que os policiais teriam confiscado o celular dela. “Cheguei a perguntar para os militares se eles estavam tentando criar um fato político. Pedi o meu aparelho de volta. Precisava falar com o meu advogado, mas não deixaram. Tentei também resistir à prisão, mas chegaram até a apontar uma arma para mim e para a Rose. Foi a coisa mais truculenta que vi na minha vida”, conta.Em entrevista ao Metrópoles na tarde deste domingo (6/3), Socorro explicou que estava deixando a manifestação ao lado da esposa de Sibá Machado e secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para Mulheres, Rose Scalabrin, quando um dos policiais do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) xingou as duas de “vagabundas”. A assessora, então, revidou verbalmente a ofensa e um militar deu ordem de prisão a ela.
A esposa de Sibá Machado e outros militantes tentaram ajudar a assessora, mas foram contidos por policiais que usaram spray de pimenta contra eles. As mulheres fizeram um relato, divulgado para uma rede de amigos no WhatsApp, em que apontam a ação abusiva da PM. O texto ganhou repercussão e a deputada federal Erika Kokay divulgou um vídeo, em seu perfil no Facebook, repudiando a ação da PM. A reportagem tentou entrar em contato com o deputado Sibá Machado, mas, até a publicação desta matéria, ele ainda não havia retornado as ligações.
O advogado de Socorro Dachi, Jonatas Moreth, informou que deverá entrar com uma representação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), na Corregedoria da Polícia Militar e Procuradoria de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF). “Tentei apresentar a minha carteirinha da OAB para os militares. Eles disseram que eu só poderia falar com a Socorro na delegacia. Insisti, mas jogaram spray de pimenta no meu rosto”, argumenta.
Versão da Polícia Militar
Na sexta-feira (4/3), a corporação explicou que uma manifestante com os ânimos mais acirrados desacatou policiais do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) e teve que ser detida. Nesse momento, o grupo que estava com ela foi para cima dos policiais para libertá-la.
Para evitar a ação dos manifestantes, a Patamo precisou usar o gás lacrimogêneo e o spray de pimenta. Os policiais salientaram que a militante não foi algemada, mas confirmaram que ela foi conduzida à 5ª DP.