Assessor do ministro do Turismo passa por audiência e seguirá preso
Juíza do DF entendeu que apenas a Justiça Eleitoral de Minas Gerais pode determinar eventual soltura de Mateus Von Rodon Martins
atualizado
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Assessor especial do ministro do Turismo, o servidor Mateus Von Rondon Martins passou, na tarde desta sexta-feira (28/o6/2019), por uma audiência de custódia no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. No entanto, apesar do pedido de liberdade da defesa do acusado, Martins seguirá preso, na carceragem da Polícia Federal no DF, por tempo indeterminado.
A juíza Geilza Fátima Cavalcanti Diniz, responsável pela audiência, avaliou não ter competência para julgar o caso. Segundo a magistrada, apenas a 26ª Zona Eleitoral de Minas Gerais, que determinou a prisão do assessor, pode solicitar sua soltura.
Assim, Mateus Von Rondon Martins seguirá detido enquanto aguarda um novo posicionamento da Justiça mineira. O assessor especial do ministro Marcelo Álvaro Antônio foi preso em Brasília, nessa quinta-feira (28/06/2019), em razão de investigações sobre o uso de candidaturas laranjas no PSL nas Eleições 2018.
Além dele, Roberto Silva Soares, um dos coordenadores da campanha do chefe do Turismo, Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho, também foi preso. Ele estava em Ipatinga, no interior de Minas Gerais. Os suspeitos são investigados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do Fundo Eleitoral e associação criminosa.
Laranjas
Durante as Eleições 2018, Álvaro Antônio, reeleito deputado federal por Minas Gerais, teria patrocinado um esquema de candidaturas de fachada no estado, que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao gabinete dele na Câmara.
A PF investiga a participação do atual ministro do Turismo na fraude e apreendeu documentos em endereços ligados ao PSL-MG. O uso de candidaturas laranjas para desviar recursos do Fundo Eleitoral dentro do PSL já culminou com a queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou o partido em 2018.
Esta é a segunda operação da PF relacionada ao caso. A primeira ocorreu em abril e mirou empresas contratadas pelas candidatas suspeitas, principalmente gráficas. A ação, batizada de Sufrágio Ostentação, teve sete mandados de busca e apreensão expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte.