As mensagens que comprometeram Abilio Diniz na 3ª fase da Carne Fraca
Empresário foi indiciado pela PF, na Operação Trapaça, por estelionato, organização criminosa e falsidade ideológica
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal (PF) utilizou mensagens gravadas em um aplicativo por celular para indiciar o empresário Abilio Diniz, no âmbito da Operação Trapaça, desdobramento da Carne Fraca, por falsidade ideológica, estelionato e organização criminosa. O conteúdo foi divulgado pelo blog do Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
Na força-tarefa desta segunda-feira (15/10), outros 42 investigados também foram indiciados, entre eles Pedro Andrade de Faria, o ex-diretor-presidente global da BRF, gigante do setor de carnes, também suspeito por crime contra saúde pública.
No relatório de 405 páginas, o delegado Mauricio Moscardi, da Polícia Federal em Curitiba, afirma que, a partir da análise de conversas por mensagens de e-mails e WhatsApp, “concluiu-se que a prática das condutas delitivas não se restringia ao círculo das equipes técnica e gerencial das fábricas da BRF”.
De acordo com a reportagem, o delegado cita, no relatório, uma conversa (confira acima) ocorrida em um grupo do Whatsapp, do qual faziam parte Pedro Faria, Abílio Diniz e José Carlos Reis de Magalhães Neto. O grupo, segundo a PF, foi criado em 12 de dezembro de 2014.
“O contexto das conversas indica o conhecimento do corpo executivo do Grupo BRF sobre a ocorrência de detecção de substâncias nocivas à saúde humana em produtos oriundos das plantas industriais da empresa. Abílio Diniz e Pedro Faria, pela posição hierárquica que ostentavam no quadro corporativo do Grupo, possuíam plena capacidade de orientar os círculos sob sua subordinação a tomar as medidas técnicas e eficazes, em âmbito sanitário, para que se determinasse a causa-raiz da contaminação química dos produtos destinados ao consumo e a regularização do processo industrial”, indica o delegado.
Confira mensagens obtidas pela PF:
Abilio Diniz_mensagens by Metropoles on Scribd