Arthur Lira diz que aprovação de autonomia do BC é “sinal claro” de avanço
Presidente da Câmara usou as redes sociais para comemorar o avanço da matéria na Casa, que teve texto-base aprovado nesta quarta
atualizado
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Após a Câmara dos Deputados aprovar projeto de lei que prevê autonomia ao Banco Central, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), usou as redes sociais para comemorar o avanço da matéria. Na avaliação do deputado federal, o texto simboliza “desprendimento do Executivo e engajamento do Legislativo”.
Lira defendeu que a aprovação da matéria é “fruto de postura republicana” e emite “um sinal claro de que o Brasil está avançando em sua governança e previsibilidade”.
“O trabalho conjunto em torno de pautas centradas nos mais elevados interesses nacionais é a melhor resposta que as instituições podem dar para que o país supere suas dificuldades e recupere sua prosperidade para o nosso povo”, publicou.
Confira:
Muito se especulou que a eleição das novas mesas do Congresso significariam o triunfo da “politicagem”, em sua pior acepção. A realidade está mostrando o contrário.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) February 10, 2021
Autonomia do BC
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10/2), por 339 votos a 114, o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 19/2019, sobre a autonomia do Banco Central. A matéria foi aprovada em novembro passado no Senado Federal. Com a ratificação nas duas Casas, o governo avalia sinalizar positivamente para o mercado.
Sem consenso, propostas que dão autonomia ao Banco Central para executar a política monetária – determinar a quantidade de moeda em circulação, a oferta de crédito e as taxas de juros na economia brasileira para controlar a inflação – estão em discussão no Congresso Nacional desde a década de 1990.
Esta é uma das prioridades da agenda liberal-econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Uma das principais mudanças é o estabelecimento de mandatos fixos – de quatro anos, com possibilidade de recondução por mais quatro anos – para o presidente e para os oito diretores da autarquia, com períodos não coincidentes ao do presidente da República. Com a proposta, o presidente do BC perde o status de ministro.
Mandatos livres
Além de estabelecer mandatos livres da necessidade de indicação do governo federal, o projeto também prevê que o BC tenha autonomia “técnica, operacional, administrativa e financeira”.
Há, ainda, objetivos secundários estabelecidos no texto-base: “suavizar flutuações do nível de atividade econômica, fomentar o pleno emprego e zelar pela estabilidade e eficiência do sistema financeiro”.
A autonomia do BC, contudo, não é total, uma vez que continuará recorrendo ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para definir metas de inflação. O CMN é formado pelo secretário especial de Fazenda, do Ministério da Economia, pelo ministro da Economia e pelo presidente do Banco Central