Araújo diz que visita de Pompeo não foi plataforma eleitoral para Trump
Ministro afirmou também que uma eventual derrota do presidente não seria um problema para a relação entre os países
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou, nesta quinta-feira (24/9), que a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a Roraima, na fronteira com a Venezuela, não serviu como plataforma eleitoral para a campanha à reeleição do presidente norte-americano, Donald Trump.
O ministro disse que democratas e republicanos têm a mesma posição sobre a Venezuela. “Não faz sentido pensar nisso como uma plataforma eleitoral, já que não há diferenças substantivas entre posição de republicanos e de democratas em relação à Venezuela. Ou seja, tudo indica que se houver uma vitória democrata em novembro, a atitude para a Venezuela será exatamente a mesma”, afirmou.
Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Araújo disse também que uma possível derrota do Trump nas eleições norte-americanas para o candidato democrata, Joe Biden, não seria problema para a relação entre os países.
“Não é fato que a proximidade do Brasil é com Trump, mas com os Estados Unidos. Tudo que estamos fazendo é do interesse permanente dos países. Um governo democrata manteria esse mesmo enfoque. A não ser que queiram trabalhar contra seus próprios interesses, que não acredito que seja o caso”, declarou.
“Não podemos dispensar de fazer coisas com os Estados Unidos por receio do presidente atual perder a eleição. Assim não faríamos nada nunca com nenhum país”, acrescentou.
Alinhamento automático
O chanceler brasileiro afirmou também que não é verdade que “há o famoso alinhamento automático com os Estados Unidos” e que isso ocorre por defender posições iguais. Segundo ele, o Brasil não mudaria de posição para se alinhar aos norte-americanos.