Araújo diz que vacinas dos EUA não estão disponíveis para o Brasil
Segundo ministro das relações, governo norte-americano não exportará imunizantes enquanto toda sua população não for imunizada
atualizado
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Em encontro com senadores, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que os Estados Unidos “não irão exportar vacinas enquanto não tiverem vacinado toda população”.
“A ideia deles é de que, enquanto não tiverem toda a população vacinada, eles [Estados Unidos] não exportarão [vacinas excedentes]. Não estão disponíveis neste momento”, enfatizou o chanceler, na sessão desta quarta-feira (24/3).
Apesar de defender que as vacinas “não estão disponíveis neste momento”, o ministro lembrou que o governo norte-americano já doou, ao menos, quatro milhões de doses para México e Canadá.
“Os Estados Unidos estão começando a ter um estoque exportável, de acordo com a sua própria legislação, mas ainda muito baixo. Eles já decidiram exportar, permitir a exportação de apenas 2,5 milhões de doses ao México e 1,5 milhão de doses ao Canadá”, lembrou o ministro aos parlamentares.
Alinhado com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o chanceler negou que o governo brasileiro tenha tido dificuldades políticas para aquisição dos imunizantes junto aos governos estrangeiros. “Nenhuma questão política está impedindo nenhum tipo de importação, seja de vacinas, seja de insumos”, enfatizou.
Enquanto espera pela disponibilidade das doses, Araújo afirmou que o Brasil também conversa com os EUA para aquisição de medicamentos e insumos usados no chamado “kit intubação” para pacientes graves da Covid-19.
“Há boa perspectiva que tenhamos isso [insumos de intubação e máquinas de oxigênios] proximamente. Também há perspectiva de que tenhamos vacinas dos EUA, mas isso pode demorar por causa dos excedentes”, afirmou Araújo mais cedo, na Câmara dos Deputados.
Na última semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez aceno ao presidente norte-americano Biden, em entrevista à CNN, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou carta à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, por excedentes de vacinas.