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Araújo diz que Brasil está negociando com EUA excedentes de vacinas

O ministro das Relações Exteriores, todavia, não deu detalhes sobre as negociações e nem prazo para recebimento

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Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo
1 de 1 Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após alguns atores brasileiros articularem com norte-americanos para adquirir imunizantes, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou, nesta quarta-feira (24/3), que está conversando com os Estados Unidos para a aquisição de excedentes da vacina contra a Covid-19 e de “kit de intubação”, sem dar detalhes sobre negociações ou prazos de recebimento.

Alinhado com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o chanceler vem sendo cobrado pela falta de interlocução com o novo governo norte-americano. O presidente Joe Biden anunciou que doaria os excedentes após imunizar a população do país.

“Há boa perspectiva que tenhamos isso [insumos de intubação e máquinas de oxigênios] proximamente. Também há perspectiva de que tenhamos vacinas dos EUA, mas isso pode demorar por causa dos excedentes”, afirmou Araújo, durante reunião na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Na última semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez aceno a Biden, em entrevista à CNN, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou carta à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, por excedentes de vacinas.

China

O chanceler reafirmou que possui boa relação com a China e destacou que o atraso no recebimento de vacinas ocorreu por questões burocráticas internas chinesas.

Araújo citou que o país asiático vem tendo problemas de relacionamento com União Europeia, Austrália, Japão, Estados Unidos, entre outros países, destacando que não entraria no mérito.

“No contexto global, a relação do Brasil com a China é hoje melhor do que qualquer outro ator internacional”, afirmou Araújo.

“Fica claro que não temos nenhum problema em relação no nosso comércio, que cresceu exponencialmente no ano passado, e nem das vacinas que estão chegando hoje, amanhã e depois da China”, reiterou.

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Israel e Índia

O ministro defendeu também a viagem a Israel em busca de um spray “milagroso” contra a Covid-19.

Segundo ele, a viagem foi importante para assinatura de memorando de troca de tecnologia para futuras vacinas e em relação ao spray, que será desenvolvido em parceria com o Brasil.

Araújo destacou que a boa relação com a Índia possibilitou que o Brasil fosse o primeiro a receber as importações da vacina. “Na Índia, é problema interno, por escassez de insumo na Índia importado de outros países. Essa produz, mas depende de insumos de outros países. É o problema da cadeia”, disse.

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