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Aras pede para PF ouvir empresário e chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro

PGR analisa se pede a inclusão das acusações feitas por Paulo Marinho ao inquérito do STF sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF

atualizado

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Augusto Aras
1 de 1 Augusto Aras - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou que vai analisar a suspeita de vazamento de informações de operação da Polícia Federal para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), revelada pelo empresário Paulo Marinho (PSDB-RJ) ao jornal Folha de S.Paulo.

Suplente de Flávio, Marinho disse ter ouvido do próprio senador que um dos integrantes da PF teria antecipado informações sobre a Operação Furna da Onça, envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz. Em nota, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que Aras fará a análise das acusações com procuradores especialistas em matéria penal.

“O procurador-geral da República analisará o relato junto com a equipe de procuradores que atua em seu gabinete em matéria penal”, informou a PGR, em nota.

Aras deve analisar se pede a inclusão das acusações feitas pelo empresário ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.

Depoimentos

Além disso, Aras pediu que a PF ouça depoimentos do empresário e do chefe de gabinete de Flávio no Senado, Miguel Ângelo Braga Grillo. O procurador quer ainda acesso integral à investigação realizada pela PF sobre supostos vazamentos relativos à Operação Furna da Onça. Mais cedo, a PF informou que essa investigação foi relatada e que a conclusão foi de que não houve vazamentos.

A Polícia Federal também informou que vai apurar as acusações com o objetivo de identificar se houve desvio de conduta de um dos seus integrantes.

A Operação Furna da Onça investigou um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde Flávio, que é filho do presidente Jair Bolsonaro, teve mandato de deputado estadual.

Em entrevista, o empresário Paulo Marinho, que é suplente de Flávio no Senado, informou que, segundo relato do próprio senador, em dezembro de 2018, um delegado da PF avisou sobre as investigações pouco após o primeiro turno das eleições gerais daquele ano.

O filho do presidente teria dito, ainda, que membros da Superintendência da PF no Rio adiariam a operação para não prejudicar a disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

O delegado teria, ainda, orientado Flávio a exonerar Fabrício Queiroz de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. No dia 15 de outubro, foram demitidos tanto Queiroz quanto a filha dele, Nathalia Queiroz, lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

O ofício, assinado pelo procurador João Paulo Lordelo Guimarães, membro auxiliar do gabinete do procurador-geral, foi enviado à delegada Christiane Correa Machado, do Serviço de Inquéritos Especiais da PF no STF.

Confira o documento:

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