Aras nega omissão sobre Bolsonaro e diz que não aceita política na PGR
O procurador-geral da República tem sido criticado por não agir em meio aos ataques do presidente em relação às urnas eletrônicas
atualizado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta quarta-feira (18/8), que não tem sido omisso em relação aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que não aceita fazer política na Procuradoria-geral da República (PGR). As declarações foram dadas em entrevista à Folha de S.Paulo.
“Não houve em nenhum momento nenhuma omissão do procurador-geral da República”, afirmou.
A entrevista concedida por Aras ocorreu horas depois de os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentarem ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime para que ele seja investigado por prevaricação.
Segundo Aras, a PGR nunca encontrou provas de fraude nas urnas e ainda atestou a legitimidade de todas as eleições. “O procurador-geral da República participou, na minha gestão em especial, de todos os atos pertinentes às eleições, legitimando as eleições”, disse.
Para rebater as acusações de que não age em relação às ameaças golpistas e aos ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e a ministros do Supremo, ele afirmou que as críticas vêm de pessoas que não conhecem as leis e que ele só pode se manifestar juridicamente.
“A diferença que pode estar surpreendendo o jornalismo é um procurador que não aceita fazer política, é um procurador que tem o compromisso de cumprir a Constituição e as leis”, falou.