metropoles.com

Aras nega fim da Lava Jato e diz que “institucionalidade” evitaria “ação fora das leis do país”

Procurador-geral da República falou que absorção da força-tarefa pelo Gaeco evitaria polêmicas como mensagens vazadas de Moro e Dallagnol

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Cerimônia posse do ministro Luiz Fux na presidência do Supremo Tribunal Federal STF
1 de 1 Cerimônia posse do ministro Luiz Fux na presidência do Supremo Tribunal Federal STF - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O procurador-geral da República, Augusto Aras, negou nesta quarta-feira (3/2) o fim da Lava Jato ao comentar a absorção da força-tarefa no Paraná pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Pela manhã, o Ministério Público Federal (MPF) informou que a operação deixaria de existir depois de quase sete anos de atuação no estado.

“Apenas se trocou o nome de uma força-tarefa para o Gaeco, que absorve a força-tarefa. Ou seja, tudo continua igual”, disse Aras a jornalistas ao término da cerimônia de abertura das atividades do Legislativo, ressaltando que procuradores “não são estrelas”.

“Mudaram-se alguns nomes, continuam alguns poucos nomes do passado, mas os procuradores não são estrelas. Procuradores são iguais, admitidos por concurso público, e todos devem ter, presumivelmente, as mesmas capacidades de combater a corrupção. Então, Curitiba, no particular, vai crescer mais ainda. Depende apenas dos membros que lá estão usarem dos recursos que lá estão postos, que são muito mais do que grandes procuradorias estaduais”, declarou o procurador-geral.

Em portaria assinada em 7 de dezembro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República integrou, ao grupo de cinco membros do Gaeco, outros quatro procuradores do Paraná, ex-integrantes da força-tarefa, com mandatos até agosto de 2022. Agora, são nove membros.

O Ministério Público garantiu, no entanto, que os procuradores continuarão os trabalhos da Lava Jato no Gaeco. “Cinco deles se dedicarão aos casos que compunham o acervo da força-tarefa, estando quatro desses membros desonerados das atividades dos ofícios de origem.”

Vazamento de mensagens

De acordo com Augusto Aras, se a força-tarefa tivesse sido institucionalizada antes, episódios como o vazamento de mensagens entre o ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moro e o ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol poderiam ser evitados.

“Com a institucionalidade nós vamos evitar quaisquer condutas que possam expor o próprio membro, a instituição, a sociedade e o Estado. Na medida em que a institucionalidade promove segurança jurídica. […] Com institucionalidade. você não tem lugar para ação fora da Constituição e das leis do país”, declarou.

Nesta semana, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da ação que tramita na Corte na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve acesso a mensagens da Operação Spoofing, deflagrada após suspeitos terem invadido o celular de Moro e de integrantes da força-tarefa em Curitiba.

Em 2019, parte das mensagens foi entregue ao site The Intercept Brasil, que, em parceria com outros veículos, publicou os diálogos, no que ficou conhecido como o escândalo da Vaza Jato.

O material liberado por Lewandowski, que conta com 50 páginas, mostra o ex-ministro da Justiça auxiliando procuradores em relação às denúncias contra o ex-presidente Lula. Leia a íntegra aqui.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?