Após vídeo de ministro do GSI com invasores, presidente da Comissão de Segurança cobra resposta do governo
GSI terá que dar explicações, nesta quarta-feira, à Comissão de Segurança Pública sobre imagens em que agentes aparecem escoltando golpistas
atualizado
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Presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) cobrou explicações do governo federal após imagens vazadas das câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostrarem servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), incluindo o ministro Gonçalves Dias, guiando os invasores de 8 de janeiro para portas de saída, em clima ameno. As imagens foram civulgadas pela CNN. Veja:
Em entrevista ao Metrópoles, Sanderson questionou o motivo pelo qual o GSI não liberou as gravações antes, apesar dos reiterados pedidos feitos por autoridades públicas, como a comissão parlamentar de inquérito (CPI) instalada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
“Vários agentes políticos solicitaram as imagens do circuito de filmagem do Palácio do Planalto. Ele [o chefe do GSI, o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias] tem status de ministro, tem autoridade para isso, não é assessor de ninguém. Por que não forneceu as imagens?”, questionou o parlamentar que ouvirá Gonçalves Dias nesta quarta-feira, às 14h, no colegiado.
De acordo com o deputado, a CPI do Distrito Federal que investiga os atos do dia 8 de janeiro tem prerrogativa para apurar o caso e ter acesso às imagens. No entanto, ao solicitar as gravações, o colegiado teve o pedido negado.
“A própria CPI Distrital, na minha observação, com prerrogativa e legitimidade, está tratando de uma assunto que aconteceu no Distrito Federal, diferente do Paraná querer fazer uma CPI sobre isso, ou mesmo SP. É a Câmara Distrital apurando questões que aconteceram em âmbito distrital, tinha que ter fornecido”, disse.
Na última semana, o GSI negou fornecer as imagens à CLDF alegando necessidade de sigilo da imagens, que mostrariam como os funcionários militares e civis da pasta agiram no ato golpista naquele domingo. O pedido foi feito por deputados do Novo.
Veja: