Após vídeo de “ministério paralelo”, CPI avalia dispensar Pazuello
O presidente da comissão, Omar Aziz, disse que não há definição, mas que colocará em análise aos demais membros
atualizado
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O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta sexta-feira (4/6), que vai colocar em análise para os demais membros da comissão se mantém ou não o novo depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A questão foi levantada pelo parlamentar após o Metrópoles divulgar vídeo que comprovaria a existência do “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.
Aziz ressaltou que ainda não há qualquer decisão. No entanto, para ele, um novo depoimento do ex-ministro não teria importância. “Não sei ainda. Mas ele [Pazuello] não tem mais importância nenhuma”, afirmou.
Mais cedo, o presidente da CPI da Covid afirmou que o gabinete paralelo “é responsável pelas vidas de muitas pessoas que foram perdidas para a Covid-19”. “O gabinete paralelo ditava a tua saúde, a minha saúde; quem ia morrer e quem ia viver. Isso é o saldo que nós temos hoje”, disse.
As imagens obtidas pelo Metrópoles de uma reunião em setembro de 2020, no Palácio do Planalto, mostram o “gabinete paralelo” orientando Bolsonaro contra a vacinação.
Entre os participantes do encontro estão a imunologista Nise Yamaguchi, o deputado Osmar Terra, o virologista Paolo Zanotto e outros médicos de diversas especialidades. Pazuello não estava presente, embora o tema tratado na reunião tivesse relação direta com a pasta por ele comandada.
Nise Yamaguchi, em depoimento à CPI da Covid, negou a existência do grupo.
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a convocação de Zanotto e Terra para prestarem depoimento à comissão.