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Após três anos, FAB expulsa sargento preso com cocaína na Espanha

Ex-militar foi preso em junho de 2019. Ele fazia parte da comitiva que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Japão

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1 de 1 Manoel-militar-da-FAB-preso-com-drogas-960×5781 - Foto: reprodução/ redes sociais

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, em nota publicada nesta quinta-feira (11/5), que excluiu definitivamente de suas fileiras o sargento Manoel da Silva Rodrigues, detido no aeroporto de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019, com 37 kg de cocaína.

Ele fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Tóquio, no Japão, onde participaria da reunião do G20.

Segundo a Aeronáutica, o criminoso foi expulso “a bem da disciplina e com a perda do seu grau hierárquico, em conformidade com o Estatuto dos Militares”. O ato é resultado de um processo administrativo para julgar a conduta praticada.

Rodrigues já havia sido condenado pela Justiça Militar da União, em fevereiro último, a 14 anos e 6 meses de reclusão por tráfico internacional de drogas.

“Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do Sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país, desde a sua prisão em flagrante”, acrescentou a corporação.

Por fim, a FAB disse atuar para coibir irregularidades e repudiar “condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão”.

Pena

O ex-militar já havia sido condenado pela Justiça espanhola, em fevereiro de 2020, a 6 anos de prisão.

O Ministério Público espanhol havia pedido 8 anos de prisão para o militar brasileiro. A cooperação de Rodrigues – que confessou o crime e deu detalhes sobre sua participação – fez o tribunal reduzir a pena para 6 anos e 1 dia em regime fechado.

Investigações

A prisão de Rodrigues desencadeou uma série de ações da Polícia Federal (PF) contra o tráfico internacional de drogas em aviões da FAB.

Em dezembro passado, a PF deflagrou a quinta fase da Operação Quinta Coluna, com o objetivo de aprofundar as investigações relativas à lavagem de dinheiro feita pelo chefe de uma associação criminosa responsável por remeter drogas para a Europa, a partir de aeronaves da Aeronáutica.

Os policiais federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Brasília e Florianópolis (SC).

Na ocasião, a Justiça Federal também determinou o sequestro e bloqueio de cinco imóveis; uma academia de ginástica; R$ 2 milhões, referentes a um empréstimo realizado pelo investigado; dois veículos de luxo; R$ 1,6 milhão de contas do investigado; e empresas do suspeito.

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