Após ser incluído em novo inquérito no STF, Bolsonaro faz live
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou abertura de inquérito sobre participação do presidente no vazamento de investigação da PF
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou, na noite desta quinta-feira (12/8), a sua transmissão semanal e ao vivo nas redes sociais.
A live ocorreu momentos após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a abertura de um inquérito sobre a participação do chefe do Executivo no vazamento de uma investigação sigilosa da Polícia Federal. A decisão atendeu a uma notícia-crime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na decisão desta quinta, o ministro Alexandre de Moraes ainda determinou o afastamento do delegado da Victor Neves Feitosa Campo da presidência do inquérito da PF.
Moraes ainda decidiu que o deputado Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da PF deverão prestar depoimentos à corporação.
Na semana passada, Bolsonaro divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018.
O presidente usou o inquérito para embasar suas declarações contra o atual sistema eleitoral. Ele é defensor do voto impresso. Na investigação, disse Bolsonaro, o TSE teria admitido invasão às urnas nas eleições de 2018.
Na época, a Polícia Federal chegou a abrir um inquérito para apurar uma suposta invasão a sistemas internos do TSE por hackers. A revelação da invasão na intranet da Corte foi feita pelo site TecMundo, especializado em notícias de tecnologia. O portal disse que recebeu mensagens de hackers narrando como conseguiram invadir sistemas internos da Corte. A reportagem, no entanto, não fala em invasão a urnas.
De acordo com a reportagem, os invasores tiveram acesso a informações privilegiadas e confidenciais, como troca de e-mails, envio de senhas para juízes, credenciais de acesso e também a um aplicativo com dados sobre candidatos e eleitores.
Segundo o site, um dos hackers disse que conseguiu “milhares de códigos-fontes, documentos sigilosos e até mesmo credenciais”. Apesar disso, a obtenção do código fonte de uma urna não permite o controle sobre a mesma, uma vez que o equipamento não está conectado a uma rede de internet.