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Após ser chamado de gay por Maia, Bolsonaro beija Michelle em evento

Presidente disse que deputado só se interessou pela pauta LGBT após virar secretário do governador de São Paulo, João Doria

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1 de 1 bolsonaro-beija-michelle - Foto: Reprodução/Canal Terça Livre

Após ser chamado de gay por Rodrigo Maia (DEM), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na tarde deste sábado (4/9), que o ex-presidente da Câmara dos Deputados só começou a se “interessar pela pauta LGBT” após ter ido trabalhar com o governador de São Paulo, João Doria. Em seguida, o chefe do Executivo foi até a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a beijou na boca.

“Ninguém mais do que eu é agredido diuturnamente, até mesmo pela mídia tradicional. Essa semana mesmo, foi um festival de acusações. O Rodrigo Maia me acusou de ser gay. Se bem que, eu não considero nenhum crime ser gay. Agora vocês repararam que depois que ele foi trabalhar com o Doria ele começou a se interessar pela pauta LGBT? Esse gordinho nunca me enganou”, disse Bolsonaro durante discurso na Cpac, convenção da direita conservadora.

“Olhem o nível que chega a política. Um cidadão que até há pouco era a terceira pessoa na escala hierárquica, depois de mim, do vice, era o presidente da Câmara. A que nível ele chegou. A que nível de conversa num programa de rádio com imagem? É sinal que essa pessoa nunca teve qualquer compromisso com o Brasil.

Maia insinuou que Bolsonaro é homossexual, mas “não consegue assumir“. O presidente da República afirmou neste sábado que poderia até processar o ex-presidente da Câmara por “homofobia”.

“Eu poderia até, se eu fosse o que ele falou, processá-lo por homofobia”, declarou o mandário. O crime de homofobia, contudo, se caracteriza pelo ódio, repugnância, falas e atos discriminatórios ou agressivos contra pessoas homossexuais.

A fala de Maia ocorreu durante o podcast Derrete Cast na quinta-feira. O deputado licenciado disse acreditar que o chefe do Executivo federal é homossexual. “Eu tenho uma grande dúvida [se o Bolsonaro é gay]. Eu acho que é. Não tem nenhum problema”, opinou Maia. “Não tem uma mulher que ele admire, ele não gosta. Qual é o problema? Não estou brincando. Acho que esse debate tem que fazer. Ele não consegue assumir o que ele é. Falo sério. As pessoas acham que falo brincando, mas depois me dão razão”, completou.

Para o parlamentar, a formação militar é uma das explicações. “Como ele tem a formação militar, que é muito reacionária, muito atrasada neste aspecto da orientação sexual, ele prefere dizer que é machão”.

A convite do governador João Doria, também desafeto de Bolsonaro, o ex-presidente da Câmara assumiu no dia 20 de agosto a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas, até então uma subsecretaria de outra pasta e que foi promovida para o primeiro escalão para abrigar Maia. Durante a fala no Cpac, Bolsonaro ainda se referiu ao gestor paulista como “calcinha apertada”.

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