Após reunião com Bolsonaro, Doria defende reforma da Previdência
Governador afirmou ainda que a bancada de deputados do PSDB irá votar junto com o governo quando o tema for ao Congresso
atualizado
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reuniu-se com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta quinta-feira (10/1), no Palácio do Planalto, em Brasília. Depois da conversa, que durou cerca de uma hora e meia, Doria fez uma defesa da reforma da Previdência, considerada a principal pauta do início do atual governo, e garantiu apoio dos deputados tucanos.
“A bancada do PSDB votará favoravelmente à proposta, tão logo ela seja apresentada no Congresso. A reforma da Previdência muda o Brasil. Caso seja aprovada, terá um efeito transformador, permitindo que o crescimento possa saltar dos atuais 3% para 5%, além de abrir a comporta para os investidores internacionais”, afirmou.
Doria disse que é favorável ao regime de capitalização, no qual os novos beneficiários fazem uma espécie de poupança para custear a própria aposentadoria. Essa proposta também é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
O governador salientou ainda a importância da reforma para fomentar os mercados nacionais. “Aqui no Brasil, diversos empresários esperam por essa decisão para voltar aos investimentos, portanto o povo brasileiro terá o benefício de um novo quadro econômico, com a geração de empregos e movimentação de renda”, acrescentou.
De acordo com Doria, Bolsonaro ainda não forneceu detalhes sobre alguns dos principais pontos que serão alterados com a reforma da Previdência, mas destacou que o projeto será apresentado em breve aos parlamentares. “A proposta será apresentada ao Congresso, mas nós sabemos da necessidade dessas mudanças”.
Também participaram do encontro o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM) e o atual secretário de Fazenda de São Paulo e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer Henrique Meirelles.
Porte de armas
O governador de São Paulo confirmou que, no encontro, também foi falado sobre uma das pautas que vem sendo defendida pelo presidente, o posse de armas. Doria se disse favorável à liberação. “Tem meu apoio e deve ser assinada nos próximos dias”, disse.
A medida pretende facilitar o acesso a armas de fogo para todos os brasileiros que não possuírem ficha criminal. O decreto deve ser assinado por Bolsonaro antes da ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, entre os dias 22 e 25 de janeiro.
Privatizações
Mais cedo, João Doria esteve no Ministério de Infraestrutura para tratar da modernização de rodovias e ferrovias no estado de São Paulo. Logo depois da reunião com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o governador paulista afirmou que os contratos de privatizações e concessões do Ferroanel e do projeto dos trens intercidades na região de Campinas, além da rodovia da Rio-Santos, serão renovados.
Doria defendeu a privatização da rodovia que liga a capital carioca à principal cidade do litoral paulista, justificando que a modernização gera empregos e fomenta o turismo. “Não faz sentido que uma rodovia tão importante, sobretudo para o turismo, não esteja concessionada e operada pelo setor privado, melhorando sua eficiência e reduzindo os acidentes”, finalizou.