Após recorde de mortes, Bolsonaro se reúne com chefes dos Três Poderes
Encontro é tentativa de harmonizar esforços no combate à pandemia de Covid-19 e dar início à nova fase de relacionamento entre Poderes
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reúne, nesta quarta-feira (24/3), a partir das 8h, chefes dos Três Poderes para debater esforços no combate à pandemia de Covid-19 no Brasil. A ideia é de que sejam debatidas ações institucionais conjuntas.
Estarão presentes os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, além do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Também devem participar os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga; da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e da Advocacia-Geral da União, José Levi, e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).
O general Eduardo Pazuello, exonerado na terça-feira (23/3), também estará presente. Participam ainda da reunião os governadores de Alagoas, Renan Filho (MDB); do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); do Amazonas, Wilson Lima (PSC); de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e de Rondônia, Marcos Rocha (sem partido).
Recém-empossado, Queiroga ainda está em fase de transição na pasta. Esta será a primeira reunião formal com representantes dos demais Poderes e chefes dos Executivos estaduais.
O Brasil está na fase mais crítica da pandemia, com quase 300 mil mortes e recordes diários de óbitos pela doença. Nas últimas 24 horas, o país registrou 3.251 falecimentos, o maior número desde o início da pandemia.
Vacinas e insumos
Um dos pedidos a serem levados a Bolsonaro no encontro é a possibilidade de criação de um fast track para acelerar a importação de insumos hospitalares usados em pacientes internados com Covid-19, além de ajustes na lei sancionada há duas semanas que permite a compra de vacinas pela iniciativa privada, no sentido de possibilitar o fornecimento de imunizantes, por parte de empresários, aos funcionários.
Outro pedido a ser levado pelos presidentes da Câmara e do Senado é a possibilidade de zerar a alíquota de insumos para o tratamento da Covid-19.