Após reação, Centrão diz que nomeação de Imbassahy não se concretizará
13 partidos da base aliada liderado por PP, PSD e PTB, estão dizendo nos bastidores que a nomeação do líder do PSDB na Câmara não acontecerá
atualizado
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Líderes do Centrão – bloco informal de 13 partidos da base aliada liderado por PP, PSD e PTB – estão dizendo nos bastidores que a nomeação do líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), para a Secretaria de Governo não se concretizará, pelo menos por ora. Até o momento, o Palácio do Planalto não confirmou nem negou oficialmente a indicação do tucano.
Logo após saberem da possível nomeação de Imbassahy, no início da tarde desta quinta-feira, 8, líderes do Centrão procuraram auxiliares do presidente Michel Temer, para reclamar. Também reagiram publicamente, prometendo travar votações de projetos de interesse do governo na Câmara, principalmente da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social.
“Em se confirmando (a nomeação), acho uma péssima ideia. Não que ele seja uma pessoa do mal, mas a base do governo na Câmara tem dois vieses: a antiga oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB) e o que vocês (imprensa) chamam de Centrão. Isso é uma interferência clara do governo no processo que se avizinha”, afirmou mais cedo o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), um dos pré-candidatos do Centrão a presidente da Câmara.
Segundo Arantes, a indicação favorece Maia, na medida em que a negociação para a escolha de Imbassahy envolveu o acerto do apoio do PMDB e PSD à candidatura do deputado do DEM. “Não acredito que essa nomeação vai se concretizar. É um governo experiente. Mas, em se concretizando, claro que vai ter efeito para Previdência. Toda ação tem uma reação. É a Lei de Newton”, afirmou o líder.