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Após quatro horas, chega ao fim depoimento de Joesley à PGR

Empresário começou a prestar esclarecimentos ao procurador da República, Rodrigo Janot, no início da tarde

atualizado

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joseley batista após depoimento na PGR
1 de 1 joseley batista após depoimento na PGR - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O dono da JBS, Joesley Batista, prestou depoimento ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por cerca de quatro horas nesta quinta-feira (7/9). O empresário iniciou a oitiva no início da tarde, na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, e teria sido liberado, segundo a assessoria da JBS, por volta das 17h.

Joesley chegou no aeroporto de Brasília às 10h, em um jatinho particular. O primeiro a depor, ainda pela manhã, foi o advogado Francisco Assis, seguido do empresário. O diretor da empresa Ricardo Saud foi o último a prestar esclarecimentos na sede da PGR. Até as 18h20, ele continua na sede da PGR. Janot deverá ouvir nesta sexta (8) o ex-procurador Marcelo Miller.

Até o início da tarde desta quinta, nenhum pedido de prisão dos delatores havia sido encaminhado ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.

Revisão do acordo
Na segunda (4), o procurador-geral abriu o procedimento de revisão do acordo após analisar uma gravação em que Joesley fala sobre a orientação de Marcelo Miller, ex-procurador que atuou na Operação Lava Jato, para que fosse celebrado o acordo com a PGR.

Janot concedeu inicialmente até sexta (8) para que todos os esclarecimentos sejam prestados. A intenção é resolver a situação o quanto antes, para solucionar o problema dentro dos 10 dias que ainda possui à frente do cargo de procurador-geral.

Depois que a PGR encaminhar ao Supremo sua avaliação sobre o que deve ser feito com o acordo, o ministro Edson Fachin terá que decidir se analisa o caso sozinho ou leva para debate em plenário. No caso JBS e em outras polêmicas no curso da Lava Jato, a opção do ministro tem sido por compartilhar com o colegiado o tema para que o plenário dê a palavra final.

A avaliação do ministro é de que uma decisão do plenário confere maior segurança jurídica à discussão, considerando que é recente o uso de delações premiadas e o debate sobre o instrumento no Supremo.

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