Após prisões no caso Marielle, internet pressiona sobre Celso Daniel
Citação ao ex-prefeito petista de Santo André ficou entre os assuntos mais comentados nesta terça no Twitter. Crime permanece impune
atualizado
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Após a prisão de dois suspeitos de terem executado a ex-vereadora pelo Rio de Janeiro e ativista Marielle Franco (PSol) e o seu motorista, Anderson Gomes, internautas cobram uma solução para o assassinato do ex-prefeito petista de Santo André (SP) Celso Daniel (PT).
A hashtag #CelsoDaniel foi um dos assuntos mais comentados do Twitter na tarde desta terça-feira (12/3), conforme a lista abaixo:
O ex-prefeito de Santo André foi morto há 17 anos, e o caso permanece sem solução. Celso Daniel foi sequestrado em 18 de janeiro de 2002, após sair de um restaurante em São Paulo acompanhado do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. Seu corpo foi achado dois dias depois, com 11 tiros.
Na ocasião, a Polícia Civil de São Paulo concluiu que o petista foi vítima de um crime comum. O Ministério Público, porém, sustentou que houve motivação política. Celso Daniel teria sido assassinado porque havia decidido acabar com o esquema de propina no transporte, cuja finalidade seria abastecer o caixa 2 do PT. O partido sempre negou as acusações.
Caso Marielle
Com mais detalhes do caso Marielle desvendados nesta terça, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) usaram suas redes sociais para pedir respostas sobre o atentado que ele sofreu durante as eleições de 2018 e resoluções sobre a morte de Celso Daniel. A hashtag #QuemMandouMatarBolsonaro também fez parte dos “assuntos do momento” na rede social.
Os suspeitos de executar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes são um ex-policial militar aposentado, Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, e um policial militar reformado, Ronnie Lessa, de 48. Os dois foram presos pela Polícia Civil e prestaram depoimento.
Lessa era vizinho de Bolsonaro. Já Élcio aparece em uma foto ao lado do presidente (veja imagens abaixo). Contudo, as autoridades cariocas disseram que a eventual proximidade com o presidente da República não teria relação com o duplo homicídio.