Após prisão, líder de MTST diz que ação foi “evidentemente política”
Guilherme Boulos foi preso por desobediência civil após reintegração de posse em um terreno particular em São Mateus
atualizado
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O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, detido pela Polícia Militar na manhã desta terça-feira (17/1), disse que sua prisão foi “evidentemente política”. Boulos foi preso por desobediência civil após reintegração de posse em um terreno particular em São Mateus, na zona leste de São Paulo.
De acordo com o MTST, ao menos 700 famílias moravam no local, conhecido como Ocupação Colonial em São Mateus. No 49º Distrito Policial (São Mateus), para onde foi encaminhado, Boulos conversou com a imprensa enquanto aguardava ser chamado. “Não há nenhum motivo razoável. Eu fui lá negociar para evitar que houvesse a reintegração. Foi uma prisão evidentemente política”, afirmou o líder do movimento.
Imagens da Rede Globo mostram que a Polícia Militar usou bombas de gás para avançar sobre os sem-teto. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, por meio de nota, que “após tentativa de negociação dos oficiais com as famílias, não houve acordo”. A secretaria confirmou o uso de bombas de efeito moral, spray de pimenta e jato d’água pela Tropa de Choque.
Em nota na página oficial do MTST, militantes dizem que prisão de Boulos é “absurda”. “Não aceitaremos calados que além de massacrarem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los”, publicou o grupo. Na página do líder, militantes pedem que Boulos seja solto.