Após prisão de Temer, Frota conduz sessão esvaziada na Câmara
Reunião deveria ser presidida por Rodrigo Maia (DEM-RS), mas presidente da Casa mudou a agenda: seu sogro, Moreira Franco, também foi preso
atualizado
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Após a notícia da prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) e do ex-ministro Moreira Franco (MDB-RJ), nesta quinta-feira (21/3), as atividades na Câmara dos Deputados se resumiram a uma sessão de debates, esvaziada, sob a presidência do deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP).
O deputado não tem cargo na Mesa Diretora da Casa, mas volta e meia, se dispõe a presidir sessões quando a maior parte dos parlamentares não se encontra na Casa.
Geralmente, nas tardes de quinta, a movimentação na Câmara costuma ser menor, mas nesta tarde estava agendada para as 14h uma sessão deliberativa que ocorreria sob a presidência do Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa e genro do ex-ministro preso. Maia mudou a agenda e não compareceu à Câmara depois da notícia da detenção do sogro.
O Senado Federal também ficou esvaziado nesta tarde.
Previdência
Embora alguns parlamentares insistam em dizer que não há impacto sobre o trabalho do Parlamento, principalmente em relação à reforma da Previdência, a tramitação já foi atrasada em pelo menos uma semana em relação aos planos originais do governo Bolsonaro (PSL).
“Clima”
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), informou que só apresentará o relator da proposta quando sentir que há “clima político”.
Ao saber do adiamento, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), colocou a culpa no governo pelo adiamento, acusando o Planalto de ter derrubado a bolsa de valores ao provocar o adiamento.