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Após polêmica, Maia defende votação remota na Câmara só para grupo de risco

Presidente da Câmara afirma que eleição para a nova Mesa Diretora tem que ser pelo sistema presencial, exceto para suscetíveis à Covid-19

atualizado

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Coletiva do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no salão negro
1 de 1 Coletiva do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no salão negro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Após polêmica sobre o formato da votação para a nova Mesa Diretora, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu, nesta terça-feira (12/1), que a votação interna deve ser mista – presencial, mas remota para o deputados do grupo de risco. A decisão, todavia, deve ocorrer na próxima segunda-feira (18/1), quando a Mesa se reúne novamente.

“A votação será presencial, estamos organizando as urnas no Salão Negro e no Salão Verde. Vamos debater sobre aqueles do grupo de risco”, disse.

Maia designou o deputado Mário Heringer (PDT-MG), que é segundo secretário, como relator dos casos. “Sugeri ao relator ouvir cientistas e pessoas ligadas ao combate da Covid-19. Se aqueles que estão no grupo de risco deveriam ou não votar de forma remota. Essa segunda onda está vindo mais forte e com maior necessidade de UTI”, disse ele, acrescentando que as urnas serão colocadas nos salões Nobre e Verde para garantir o espaçamento.

A Mesa Diretora deve decidir também na próxima segunda sobre a data do pleito. Segundo o parlamentar, as eleições de meio de mandato ocorrem normalmente no dia 2 de fevereiro, mas ele não se oporia a realizá-la no dia 1°.

Mudança de bloco

Maia também “inadmitiu” o parecer do procurador da Casa, deputado Luis Tibé (Avante-MG), sobre o pedido, encabeçado pelo deputado Vitor Hugo (PSL-GO), para o PSL mudar de bloco. Ele explicou que a atribuição do procurador é assistir o presidente e, portanto, não caberia a Tibé confeccionar o parecer. Contudo, este tópico também será debatido e votado na próxima reunião da Mesa.

Além de Maia, a reunião contou com Soraya Santos (PL-RJ), 1ª secretaria; Expedito Neto (PSD-GO), 3° secretário; e Paulo Bengston (PTB-PA), corregedor da Casa, que estiveram presencialmente.

Participaram remotamente os deputados Luciano Bivar (PSL-PE), 2° vice-presidente; Mário Hering (PDT-MG), 2° secretário; Marcos Pereira (Republicanos-SP), 1° vice-presidente; André Fufuca (PP-MA),  4° secretário; Rafael Motta (PSB-RN), 1° suplente; e Luis Tibé (Avante-MG), procurador da Casa.

Polêmicas

O formato da votação já havia sido alvo de debate. Maia admitiu estudos sobre a votação remota, mas Lira e aliados reagiram criticando a possibilidade e cobrando a votação presencial. Nos bastidores, aliados de Lira avaliam que o formato remoto prejudicaria o deputado do PP, visto que muitos votos são revertidos na reta final ou no próprio dia da votação.

Igualmente polêmico é o pedido do PSL. Na última quinta-feira (7/1), deputados bolsonaristas do PSL protocolaram na Mesa Diretora da Câmara, um pedido para integrar o bloco de Lira, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lista de adesão contou com 32 dos 53 deputados. Destes, 17 estão suspensos.

Nesta terça, a Executiva Nacional do PSL acatou processo contra 20 dos 32 deputados por infidelidade partidária. Eles podem ser expulsos.

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