Após PMs mortos, Bolsonaro critica Fachin: “Soltou 30 mil vagabundos”
Em dezembro, ministro do STF determinou que presos do regime semiaberto do grupo de risco da Covid-19 fossem para a prisão domiciliar
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (17/6) que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltou “mais de 30 mil vagabundos” durante a pandemia de coronavírus.
As críticas ao ministro se deram após o presidente lamentar, em sua live semanal nas redes sociais, as mortes de dois policiais militares no Rio de Janeiro.
Os PMs foram mortos a tiros na noite dessa quarta-feira (16/6), dentro da própria viatura, em uma estrada no bairro da Posse, em Nova Iguaçu, a poucos metros do acesso para a Via Dutra.
Bolsonaro ressaltou que Fachin proibiu operações policiais em comunidades e até mesmo voos de helicóptero nessas áreas. “Se não me engano, foi o próprio Fachin que libertou mais de 30 mil vagabundos por ocasião da pandemia”, destacou.
O chefe do Executivo federal não citou nomes de condenados que conseguiram liberdade após decisões do ministro do Supremo.
Em dezembro de 2020, o magistrado determinou que presos do regime semiaberto que forem dos grupos de risco da Covid-19 e estiverem em cadeias superlotadas devem passar para a prisão domiciliar.
Para serem beneficiados, os presos precisam estar em presídios com ocupação acima da média e comprovar, mediante documentação médica, pertencer a grupo de risco para Covid-19. Pela decisão, não serão atingidos presos que praticaram crimes com grave ameaça.
Especialistas afirmam que aglomeração e falta de distanciamento social são as principais formas de contágio pela Covid-19.