Após ordem de prisão, Roberto Jefferson chama Moraes de “cachorro do STF”
Polícia Federal determinou prisão do ex-deputado e presidente nacional do PTB nesta sexta-feira (13/8)
atualizado
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Após ter a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (13/8), o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, usou uma conta alternativa no Twitter para se queixar da determinação: “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu.
Na sequência, o político chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “cachorro do STF” e relacionou as ações do Supremo às da Venezuela.
Roberto Jefferson tem usado um perfil alternativo na rede social desde que a conta oficial foi retida pela plataforma.
A Polícia Federal foi a cada de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice.
— Bob Jeff Road King (@BobJeffRoadKing) August 13, 2021
Xandão, maridão de dOna Vivi, Cachorro do STF, decretou minha prisão por crime de milícia digital. Ele está repetindo os mesmos atos do Supremo da Venezuela, prendendo os Conservadores para entronizar os comunistas. Deus. Pátria. Família. Vida. Liberdade.
— Bob Jeff Road King (@BobJeffRoadKing) August 13, 2021
O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições.
Segundo a filha dele, ex-deputada Cristiane Brasil, o pai não está bem de saúde. A ex-deputada reclamou que a PF foi à casa da ex-mulher de Jefferson, mesmo separados há 20 anos.
“Mais uma vez a PF tirou minha mãe da cama, às 6h da manhã, que tem 70 anos, dificuldade de locomoção, batendo na casa errada. Ela é meu pai já estão separados há 20 anos. Somos perseguidos políticos — a família inteira, é isso? E meu pai, pelo que sei, não está bem de saúde. Daqui a pouco o Alexandre vai mandar prender os filhos também?”, disse Cristiane ao colunista do Metrópoles Guilherme Amado.
A investigação sobre Roberto Jefferson faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.
Delator do escândalo do Mensalão, o ex-deputado já foi preso após condenação no caso. Atualmente, Jefferson é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo. Ele costuma se encontrar com o mandatário, ministros de Estado e o vice-presidente da República no Palácio do Planalto e em agendas no Rio.
Jefferson também já convidou Bolsonaro, que está sem partido desde o fim de 2019, a se filiar ao PTB para disputar a reeleição em 2022.