Após operação, Witzel diz que Moro teria sido parcial ao prender Lula
“Supremo Tribunal Federal está chegando à conclusão de que o ex-ministro Sergio Moro foi parcial”, disse Wilson Witzel
atualizado
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Afastado do governo estadual do Rio de Janeiro por 180 dias, Wilson Witzel (PSC) disse nesta sexta-feira (28/8) estar preocupado com os caminhos que está tomando a democracia brasileira.
Witzel é investigado por suspeita de liderar organização criminosa para desviar dinheiro público. Como exemplo para justificar os rumos que a democracia estaria tomando, o governador citou o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu não sou a favor de Lula, nem contra Lula, mas o STF [Supremo Tribunal Federal] está chegando à conclusão de que o ex-ministro Sergio Moro foi parcial [durante o julgamento]”, disse.
“E, com essa decisão, o ministro [do STF Edson] Fachin foi muito claro: evitou-se que o ex-presidente Lula disputasse a presidência da República”, prosseguiu Witzel, em declaração pública.
Nesse mesmo discurso, o governador fluminense alegou, ao citar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estaria sendo interferida politicamente na sua administração.
“O senhor presidente da república, com todo respeito, fez acusações contra mim extremamente graves e levianas porque acredita que eu vou ser candidato a presidente”, disparou Witzel.
Ele criticou ainda a delação premiada feita pelo ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, preso no âmbito das investigações sobre as supostas fraudes nos contratos da pasta durante a pandemia de coronavírus.
Witzel disse se sentir indignado. “É a indignação de um cidadão que está sendo massacrado politicamente porque há interesses poderosos contra mim que querem destruir o estado do Rio de Janeiro”, afirmou.