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Após operação, Precisa compara CPI da Covid à Lava Jato: “Midiática”

“Operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo”, assinalou a defesa da farmacêutica

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Francisco Maximiano 5
1 de 1 Francisco Maximiano 5 - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que defendem a Precisa Medicamentos, afirmaram que os mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (17/9), na sede da empresa, são abusivos e compararam a atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 à Operação Lava Jato: “Agressiva e midiática”.

“É inadmissível, num Estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento, respondeu a quase 100 perguntas e enviou vídeo com esclarecimentos e termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1º de julho e 14 de julho”, assinalou a defesa, em nota à imprensa.

Os advogados destacaram também que os representantes da Precisa Medicamentos, sempre que intimados, prestaram depoimentos à Polícia Federal (PF), à Controladoria-Geral da União (CGU), além de terem entregue “toda documentação” ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

“Portanto, a operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder às perguntas, conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais. Agora, a comissão ocupa até o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias”, disseram Figueiredo e Velloso.

“A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento”, prosseguiram.

Entenda

A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta sexta-feira (17/9), operação de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, empresa investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Os mandados foram cumpridos em Barueri e em Itapevi, no estado de São Paulo.

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Francisco Maximiano é sócio-proprietário da Precisa Medicamentos
Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, na CPI da Covid-19
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Maximiano é sócio-proprietário da Precisa Medicamentos

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Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, na CPI da Covid-19

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A operação apura informações sobre o contrato entre a Precisa e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao acordo.

“A CPI buscou, de todas as formas, a obtenção dessas informações junto à empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, fez-se necessária a utilização deste instrumento judicial”, informou a cúpula da comissão, em nota.

A Precisa intermediou a venda da vacina indiana Covaxin, produzida pela Bharat Biotech, ao governo brasileiro. O Ministério da Saúde pretendia comprar 20 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19, por meio de um contrato de R$ 1,6 bilhão, sob suspeita de superfaturamento.

Não foram realizados mandados de busca e apreensão no Ministério da Saúde, apesar da solicitação pela CPI da Covid-19. A Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou contra o pedido, pois acredita que as buscas no órgão federal poderiam comprometer informações “sigilosas e sensíveis, que não dizem respeito ao objeto da CPI”.

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