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Após novo aumento, Lira exige renúncia de presidente da Petrobras

O presidente da Câmara acusou o comando da estatal de praticar “terrorismo corporativo” ao anunciar sucessivos reajustes nos preços

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Presidente Arthur Lira durante a votação do último destaque antes do 2• turno da PEC dos Precatórios
1 de 1 Presidente Arthur Lira durante a votação do último destaque antes do 2• turno da PEC dos Precatórios - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou suas redes sociais nesta sexta-feira (17/6) para exigir a renúncia imediata do atual presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, após mais um anúncio de reajuste nos preços dos combustíveis feito pela estatal.

“O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa – o Brasil – e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”, disse Lira em publicação no Twitter.

“Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!! Pois sua gestão é um ato de terrorismo corporativo.”

O atual presidente da estatal está no cargo há pouco mais de dois meses. Ele substituiu o general Silva e Luna, exonerado após ignorar sucessivos apelos do governo para controlar o preço dos combustíveis.

Nos últimos dias, José Mauro Ferreira Coelho tem sofrido pressões do governo e já teria sido comunicado de seu desligamento da estatal. Um nome dos principais nomes cogitados para a vaga é o de Caio Paes de Andrade, atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), também disparou críticas contra a estatal nas redes sociais. Garcia chamou o novo aumento no preço dos combustíveis de “deboche”.

Aumento

Com o anúncio feito pela empresa, o litro da gasolina passa a ser vendido para as distribuidoras por R$ 4,06. O valor anterior era de R$ 3,86. O preço médio do diesel sobe de R$ 4,91 para R$ 5,61. O aumento passa a valer neste sábado (18/6). Em termos percentuais, o reajuste da gasolina será de 5,18%, enquanto o do diesel chegará a 14,2%.

A medida contraria o pedido do governo para que a Petrobras segurasse o preço dos combustíveis.

Em comunicado, a estatal ressaltou que o aumento foi feito 99 dias após a última mudança no preço da gasolina. No caso do diesel, o valor estava mantido por 84 dias, segundo a Petrobras.

“A companhia tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio. Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias”, diz a nota.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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