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Após nota das Forças Armadas, Pacheco se reúne com Braga Netto

Presidente do Senado diz que posicionamento da Defesa é “fruto de um mal-entendido” e “assunto está encerrado”

atualizado

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1 de 1 Rodrigo Pacheco 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniu, nesta quinta-feira (8/7), com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para discutir a postura da pasta frente à fala do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Pacheco defendeu que a conversa serviu para reforçar o “respeito mútuo entre as instituições, base do Estado Democrático Direito, que não permite retrocessos”.

“Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”, disse.

Segundo o presidente do Senado, o episódio registrado nessa quarta-feira (7/7) é “fruto de um mal-entendido sobre a fala do colega senador Omar Aziz”. “Já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado”, finalizou.

“Intimidação”

Nessa quarta, Braga Netto, em conjunto com os comandantes das três Forças Armadas, emitiu nota atacando o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM). O texto provocou reações acaloradas entre senadores. Houve tensão entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e Aziz, apoiado por outros integrantes da comissão.

O presidente do Senado, ao falar da reação dos militares em discurso no plenário do Senado, rendeu homenagens às Forças Armadas e pediu aos senadores respeito aos mortos pela pandemia e um ambiente mais pacificado entre os senadores neste momento.

“Nós estamos perdendo a oportunidade, talvez a única que esta pandemia poderia dar ao Brasil, que é de ter solidariedade mútua e recíproca entre nós e entre todos os brasileiros. Então, o acirramento, a intolerância e o desrespeito à divergência são coisas que não calham em lugar algum e em momento algum da quadra histórica do Brasil, muito menos num momento como este, de sofrimento da vida nacional, em que as pessoas querem uma coisa de nós: que nós possamos transmitir a elas esperança, a esperança de que a gente possa ter uma nação verdadeiramente constituída em bases sólidas e constitucionais”, disse Pacheco.

“Portanto, eu tenho, até pelas privações próprias da pandemia, falado pouco a esse respeito, mas eu gostaria que pudéssemos fazer essa reflexão sobre a necessidade que nós temos de uma união maior entre nós senadores para o enfrentamento de um inimigo comum, que não é só um inimigo, mas vários que se apresentam, que são, repito, a fome, o desemprego, a inflação, a doença, que ainda não curou e que precisa realmente dessa união nossa”, apontou.

“Moderado demais”

Omar Aziz (PSD-AM), citado especificamente na nota, considerou o discurso de Pacheco “moderado demais” para quem, em sua opinião, não deveria aceitar intimidação ao trabalho de qualquer parlamentar.

“E a minha fala hoje foi pontual, não foi generalizada. E vou afirmar aqui o que eu disse lá na CPI, novamente: podem fazer 50 notas contra mim; só não me intimidem, porque, quando estão me intimidando, e vossa excelência não falou isto –, estão intimidando esta Casa aqui. Vossa excelência não se referiu à intimidação que foi feita pela nota das Forças Armadas”, reclamou o presidente da CPI.

“Ninguém teve uma relação melhor que eu, como governador, com as Forças Armadas no meu estado. Mas convivi com grandes generais, como o general Villas Bôas, grande comandante do Exército Brasileiro. Grande comandante! O que eu disse foi pontual, que há muito tempo membros das Forças Armadas, e alguns reformados, não se falava um ai das Forças Armadas, e hoje um ex-sargento da Aeronáutica foi depor e foi preso, porque mentiu, foi o que pediu US$ 1 por vacina, presidente. O coronel Elcio, que está lá hoje, foi o homem da Covaxin”, acusou Aziz, que também usou as redes sociais para se manifestar sobre o assunto.

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