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Após nota, Bolsonaro diz que Forças Armadas estão ao lado da lei

Presidente saudou Exército, Marinha e Aeronáutica por nota com ataques ao presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz

atualizado

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Bolsonaro Exército
1 de 1 Bolsonaro Exército - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais, na noite de quarta-feira (7/7), para elogiar as Forças Armadas, após publicação de uma nota do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, em conjunto com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, atacando o presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM).

“As Forças Armadas ao lado da Lei, da Ordem, da Democracia, do respeito ao povo brasileiro e da nossa Sagrada Liberdade”, escreveu Bolsonaro em um post acompanhado de trecho de reportagem da TV Record sobre o assunto.

Veja:

A nota da Defesa foi divulgada horas depois de Omar Aziz falar na existência de um “lado pobre das Forças Armadas”, em referência à citação de vários militares como suspeitos de negociatas na compra de vacinas contra a Covid-19.

Durante o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, o presidente da CPI afirmou que “fazia muito tempo que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.

Ele disse ainda que “os bons das Forças Armadas devem estar envergonhados” pelo envolvimento de militares em “falcatruas dentro do governo”.

Nota da Defesa e mais reações

Em reação, Braga Netto e os comandantes das Forças afirmaram que houve desrespeito por parte de Aziz e que “não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

“O ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira repudiam veementemente as declarações do Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Senador Omar Aziz, no dia 07 de julho de 2021, desrespeitando as Forças Armadas e generalizando esquemas de corrupção. Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável”, assinala o texto.

Colocando panos quentes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rendeu homenagens às Forças Armadas e pediu aos senadores respeito aos mortos pela pandemia e um ambiente mais pacífico entre os senadores neste momento.

Citado nominalmente pela nota da Defesa, Aziz considerou o discurso de Pacheco “moderado demais” para quem, em sua opinião, não deveria aceitar intimidação ao trabalho de qualquer parlamentar.

“E a minha fala hoje foi pontual, não foi generalizada. E vou afirmar aqui o que eu disse lá na CPI, novamente: podem fazer 50 notas contra mim; só não me intimidem, porque, quando estão me intimidando, e vossa excelência não falou isto –, estão intimidando esta Casa aqui. Vossa excelência não se referiu à intimidação que foi feita pela nota das Forças Armadas”, reclamou o presidente da CPI.

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