Após “nota à nação”, ministros defendem Bolsonaro de críticas
Muitos dos manifestantes que foram ao 7 de setembro e se prontificaram a praticar ações antidemocráticas, se disseram arrependidos
atualizado
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Após publicação de nota reconciliadora com Judiciário, os ministros de estado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se prontificaram a defender, nas redes sociais, das críticas e chacotas. Além das publicações de contrários ao governo, houve manifestações negativas por parte de eleitores bolsonaristas.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Ramos, fez uma série de comentários no Twitter, nas quais criticou as ofensas sofridas pelo presidente.
“O presidente é um estadista e patriota”, escreveu. “Pelo país, está disposto a sacrificar a própria vida, que quase foi perdida, há 3 anos, por defender a pátria e a família”, argumentou Ramos. “Tenham paciência, pois, mais uma vez, o tempo irá consolidar a verdade!”, acrescentou.
O PR @jairbolsonaro sempre disse que jogaria nas 4 linhas da Constituição. Mesmo assim, seus opositores o chamavam de antidemocrático. É a velha tática esquerdista: Acuse-os do que você é! Hoje, me surpreendo ao ver muitos caírem no novo discurso opositor de ofensa ao PR.👇🏼
— Ministro Luiz Ramos (@MinLuizRamos) September 10, 2021
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, também contribuiu com as manifestações favoráveis ao presidente. Na publicação, o chefe da pasta diz que Bolsonaro acertou.
QUANDO A ESQUERDA E A OPOSIÇÃO ficam indignadas e criticando o Presidente, é porque ele acertou!!
Brasil acima de todos e Deus acima de tudo.#euconfionoPR— Fábio Faria 🇧🇷🇧🇷🇧🇷 (@fabiofaria) September 10, 2021
O ministro do Turismo, Gilson Machado, postou várias fotos ao lado do chefe do Executivo e disse que nada abalaria a confiança no presidente:
Nada vai abalar minha confiança no seu Caráter, Lealdade, Coragem, Patriotismo, Honestidade e Estratégia. pic.twitter.com/H3UWfVkjZf
— Gilson Machado Neto (@gilsonmachadont) September 9, 2021
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se limitou a retuitar a “nota à nação” em seu perfil:
Declaração do Presidente da República à Nação Brasileira:https://t.co/fq6C6Qngee
— Governo do Brasil (@govbr) September 9, 2021
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, parabenizou Bolsonaro pela publicação da nota e se disse orgulhoso:
Orgulho em fazer parte de um governo que não é corrupto, respeita valores e princípios cristãos e valores e princípios democráticos. Parabéns @jairbolsonaro ! pic.twitter.com/OV8mLZ3CMV
— Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) September 10, 2021
O chefe do Desenvolvimento Regional, Roberto Marinho, retuitou um artigo de opinião da Folha de São Paulo e acrescentou que a nota teria “desnorteado muitos que apostavam no caos e instabilidade política”.
Ação do PR @jairbolsonaro desnorteou muitos que apostavam no caos e instabilidade política,agora seguir em frente esperando q gestos necessários p reequilíbrio de nosso País sejam feitos por todos.A democracia se fundamenta no equilíbrio e independência dos poderes que a compõe. https://t.co/shuYpsuuZz
— Rogério Marinho (@rogeriosmarinho) September 10, 2021
“Nota à nação”
Após encontro com o ex-presidente Michel Temer (MDB). e no meio de um imbróglio com o Judiciário, o Palácio do Planalto publicou uma “nota à nação”. O chefe do Executivo disse que às vezes fala “no calor do momento” e que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”. O texto desagradou apoiadores e caminhoneiros que estavam acampados na área central de Brasília.
Mesmo após ter hostilizado e ameaçado membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o chefe do Executivo federal defendeu a harmonia entre os Três Poderes e atribui divergências a “conflitos de entendimento” acerca de decisões tomadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que tem atingido bolsonaristas e o próprio presidente.
A atitude do presidente fez com que fosse ridicularizado por alguns membros do meio político, e principalmente, pela oposição. Políticos também reagiram ao comunicado.