Após negar, Bolsonaro admite ter citado a PF em reunião com ministros
Sergio Moro deixou o governo e acusou o presidente da República de interferência política na Polícia Federal
atualizado
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Após afirmar que não havia citado a Polícia Federal em reunião com os ministros, no último dia 22, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu, nesta sexta-feira (15/05), que usou o termo “PF”.
No entanto, Bolsonaro voltou a afirmar que não se referia à Polícia Federal na reunião ministerial do ponto de vista do trabalho de inteligência e diz que falou apenas sobre segurança pessoal, a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
“Eu não vou me submeter a um interrogatório por parte de vocês [jornalistas]. Eu espero que a fita se torne pública para que a análise correta venha a ser feita, tá? A interferência não é nesse contexto da inteligência não, é na segurança familiar. É bem claro, segurança familiar. Eu não toco PF nem Polícia Federal na palavra segurança”, afirmou.
Ao deixar o governo, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou que o presidente Bolsonaro queria ter acesso a relatórios da PF e o acusou de interferência política na corporação.
O ex-ministro citou, em depoimento no último dia 2, a reunião ministerial em que Bolsonaro teria pedido uma troca de cargos na PF. Desde então, Bolsonaro tem negado que tenta interferir na instituição.