Após mudanças no comando da Caixa, Bolsonaro faz live
Depois das acusações de assédio sexual, Pedro Guimarães deixou comando do banco público. Caso foi revelado pelo Metrópoles
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou na noite desta quinta-feira (30/6) sua tradicional live nas suas redes sociais.
Acompanhe:
A transmissão ocorreu um dia após mudanças na presidência da Caixa Econômica Federal. Pedro Guimarães, ex-presidente do banco público, é acusado por um grupo de funcionárias da estatal de assédio sexual (leia mais abaixo). O caso foi revelado pela coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
Caixa muda posição e diz que recebeu denúncias de assédio por canal
Após a repercussão, Pedro Guimarães escreveu uma carta negando as denúncias, ressaltando conquistas durante sua gestão e dizendo prezar pela “garantia da igualdade de gêneros” e pela “liderança feminina em todos os níveis da empresa”.
Ele estava à frente do banco desde o início do governo Bolsonaro, em 2019. Depois de as denúncias virem a público, a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, também determinou que a corte fiscalize os mecanismos de “prevenção e combate” ao assédio existente na Caixa Econômica Federal.
Para o lugar de Guimarães, Bolsonaro nomeou Daniella Marques para assumir o comando do banco público. Ela era secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e considerada o “braço direito” do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Denúncias de assédio sexual
Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e denunciar as situações pelas quais passaram. Todas elas trabalham ou trabalharam em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa.
Cinco concordaram em dar entrevistas para o colunista Rodrigo Rangel, desde que suas identidades fossem preservadas. Elas dizem que se sentiram abusadas por Pedro Guimarães em diferentes ocasiões, sempre durante compromissos de trabalho.
As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e as funcionárias sob seu comando.
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação, que está em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal.