Após minimizar Covid-19, Bolsonaro culpa governadores por mortes
Presidente afirmou a jornalistas que as medidas restritivas durante a pandemia de coronavírus foram tomadas pelos Executivos locais
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (29/04) que não pode ser responsabilizado pela crise humana e econômica em decorrência do novo coronavírus. Segundo o chefe do Executivo, mesmo com as medidas de restrição adotadas pelos governadores, que na sua avaliação aumentaram o desemprego, as pessoas “continuam perdendo a vida”.
“A questão das mortes: a gente lamenta profundamente. Sabia que ia acontecer. Agora, quem tomou todas as medidas restritivas foram os governadores e prefeitos”, disse. “Eu, desde o começo, me preocupei com a vida e com o emprego. Desemprego também mata. Agora, essa conta, ela tem que ser perguntada para os governadores”, completou.
O presidente provocou o governador de São Paulo, João Doria, e o prefeito da capital, Bruno Covas. “São Paulo é o estado, não é porque é o mais populoso, mesmo proporcionalmente, que mais tem óbitos. Pergunte ao senhor João Doria, ao senhor Covas, por que tomaram medidas tão restritivas, que eliminaram mais de um milhão de empregos e continua morrendo gente”, apontou.
“Não adianta a imprensa querer botar na minha conta estas questões que não cabem a mim”, reclamou.
O chefe do Executivo disse que a situação brasileira atual não poder ser colocada no colo dele. “O que nós, do governo federal, fizemos desde o começo? Com a equipe econômica, em especial, é liberar recursos para a saúde e também criar aquele benefício emergencial”, lembrou. Segundo ele, o Executivo tem feito o que é possível.
Bolsonaro ressaltou que tem sugerido medidas ao Ministério da Saúde para retomar as atividades econômicas. Ele disse que sempre alertou para a “segunda onda” na crise, provocada pela falta de emprego, mas disse que foi “esculhambado”.