Após manutenção de vetos, Bolsonaro chama parlamentares de “sócios”
Presidente fez afagos ao parlamento após Câmara dos Deputados optar por manter veto sobre reajuste de servidores
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) agradeceu ao Congresso Nacional e exaltou os “valorosos parlamentares” que têm apoiado as pautas do governo.
O chefe do Executivo não chegou a mencionar a manutenção do veto presidencial pela Câmara dos Deputados sobre os reajustes a servidores, mas fez um claro agradecimento aos que votaram por manter o veto após o Senado derrubá-lo.
“Gostaria de agradecer a grande parte do Congresso Nacional, onde temos valorosos parlamentares, que têm nos dado o apoio para que este sonho, para que este objetivo seja concretizado. Obrigado, senhores parlamentares”, discursou durante cerimônia de entrega de residências populares em Mossoró, no Rio Grande do Norte, nesta sexta-feira (21/8).
Bolsonaro chegou a chamar de “sócios” os aliados que mantém no parlamento. “Podem ter certeza que, com o time que nós temos, com nossos sócios, no bom sentido, no parlamento brasileiro, nós atingiremos nossos objetivos” afirmou.
Ao finalizar o discurso, o presidente alterou o slogan de campanha, a exemplo do que vem fazendo por todos os estados por onde tem passado. “Brasil acima de tudo, Rio Grande do Norte acima de todos“.
O chefe do Executivo reclamou da derrubada do veto pelo Senado e disse a apoiadores que seria “impossível governar o Brasil” se a Câmara dos Deputados mantivesse a derrubada. Mais duro foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, que chegou a chamar de “crime” a decisão dos senadores, que resultaria em aumento de gastos.
“Vai dar um prejuízo de R$ 120 bilhões pro Brasil. Então, eu não posso governar um país, se esse veto for mantido na Câmara, é impossível governar o Brasil, é impossível, tá certo? Não é só minha, é de todo mundo a responsabilidade de ajudar o Brasil a sair do buraco”, reclamou a apoiadores pouco antes de a Câmara optar por manter o veto.
O congelamento de salários foi uma contrapartida de estados e municípios ao socorro de R$ 60 bilhões do governo federal para que os entes federados pudessem compensar perdas causadas pela pandemia de Covid-19.