metropoles.com

Após “mal-estar”, Moro partiu para a briga. E escolheu os alvos

Ao ver surgir hipótese de perda da área de segurança pública da pasta que lidera, o ex-juiz optou por poupar Bolsonaro – e mirou nos estados

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Andre Borges/Esp. Metrópoles
Moro e Jair Bolsonaro
1 de 1 Moro e Jair Bolsonaro - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Antes mesmo de o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, falar com a sua equipe após o presidente Jair Bolsonaro sugerir o desmembramento da pasta, seus assessores reagiram. Os termos “surpresa” e “mal-estar” dominaram as rodas de bate-papo.

Moro, popular com a opinião pública, é igualmente querido pelos seus subordinados. Ao menos pela maior parte deles.

Em conversas em off – termo que, no jargão jornalístico, quer dizer que uma fonte revela informação sob a condição de não expor o seu nome – funcionários do ministro destacaram que Moro chegou à pasta abatido. Porém resoluto.

Na segunda-feira (20/01/2020), o ministro foi a estrela do programa Roda Viva, da TV Cultura. Esforçou-se para demonstrar que respeita o mandatário do país. O entorno de Bolsonaro, porém, não gostou. Houve queixas de que Moro atribui a si mesmo muito da responsabilidade pela melhora nos índices de segurança pública.

A mesma crítica foi externada por alguns governadores. Pela Constituição, são eles os responsáveis pelo combate à criminalidade.

Juntou-se a fome à vontade de comer. Em reunião articulada pelo Palácio do Planalto entre o presidente e secretários estaduais de Segurança, a crítica apareceu. E Bolsonaro vocalizou a possibilidade de dividir o ministério após secretários assinarem documento em defesa da ideia.

Na voz de um dos assessores mais próximos do ministro, ele aceitou o cargo apenas pela possibilidade de contribuir nessa área, da segurança. Sem isso, a manutenção no governo perde apelo, garante.

Mas Moro tem aprendido a brigar. E sabe em quem pode bater. Por isso não mirou no presidente nem na primeira família. Mirou nos estados.

Alvo de críticas dos governos do Distrito Federal e da Bahia – ambos têm policiais federais na secretaria de Segurança –, o ex-juiz mencionou a Maurício Valeixo, diretor da PF, ofício de dezembro em que a entidade pede de volta servidores cedidos, informam pessoas próximas ao ministro. Ambos os secretários assinaram a lista propondo a divisão do ministério.

Por trás das atitudes, Moro deixa um recado. Aceitou o cargo de superministro, não de miniministro.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?